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Compartilhar maquiagem pode causar doenças?

A médica Rosana Richtmann, infectologista do Hospital Emílio Ribas, responde: “Os casos são raríssimos, mas a possibilidade existe. Vamos usar como exemplo a australiana Jo Gilchrist, que afirma ter desenvolvido uma infecção grave após compartilhar um pincel de maquiagem. A bactéria Estafilococos aureus (MRSA), que a infectou, é bastante comum, sendo encontrada na pele e […]

Por Aretha Yarak
Atualizado em 26 fev 2017, 18h04 - Publicado em 8 abr 2015, 19h20
 (Reprodução/Veja SP)
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A médica Rosana Richtmann, infectologista do Hospital Emílio Ribas, responde:

“Os casos são raríssimos, mas a possibilidade existe. Vamos usar como exemplo a australiana Jo Gilchrist, que afirma ter desenvolvido uma infecção grave após compartilhar um pincel de maquiagem. A bactéria Estafilococos aureus (MRSA), que a infectou, é bastante comum, sendo encontrada na pele e em mucosas como nariz e garganta. Alguns subgrupos são mais agressivos ou não tolerados por determinadas pessoas.

A contaminação via maquiagem, entretanto, só teria chances de acontecer em casos muito específicos. Por exemplo quando duas pessoas têm lesões na face e usam o mesmo pincel uma imediatamente após a outra. Essa bactéria não sobrevive por muito tempo, principalmente se as cerdas estiverem secas. Um sistema imunológico fragilizado também é um fator relevante.

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Via de regra, nosso conselho é que itens como maquiagem e objetos de manicure não sejam compartilhados. Em caso de profissionais que usam os mesmos pincéis e esponjas para várias clientes, basta uma limpeza com água e sabão e uma secagem bem feita. Quanto mais seco o material, menor as chances de transmissão. Por isso, é aconselhável usar um secador de cabelo para garantir que a umidade das cerdas seja toda retirada.

Voltando ao caso da australiana, é importante frisar que não basta relacionar o tipo de bactéria do produto com o da infecção. É preciso um exame de DNA com material do micro-organismo presente no pincel ou no rosto da amiga. Como existem diversos subtipos de uma mesma bactéria, esse exame é fundamental para fazer tal relação. Mas vamos considerar que o teste apresentasse um resultado positivo e a contaminação tivesse mesmo ocorrido. Essa é uma situação muito difícil de acontecer, que se torna ainda mais rara por ter atingido a coluna. O esperado seria uma infecção na pele do rosto.”

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