A dívida dos Correios com São Paulo é maior que sua bela Agência Central, no Anhangabaú. A estatal anunciou em 1997 que o prédio de 15 000 metros quadrados, projetado pelo escritório de Ramos de Azevedo em 1918, receberia restaurante, café, dois cinemas, três salas de exposições e um centro de convenções.
Teve até concurso de arquitetura, vencido pelo escritório Una. Muitos governos federais depois (passaram-se 22 anos), quase nada saiu do papel. Há três pavimentos vazios.
Um piso de granito polido deixou o antes nobre espaço com cara de restaurante de beira de estrada. Apenas uma pequena galeria funciona, de segunda a sexta, em horário de repartição, das 10h às 17h. Os demais centros culturais dos Correios, como os do Rio e do Recife, abrem nos fins de semana.
Publicado em VEJA SÃO PAULO de 13 de novembro de 2019, edição nº 2660.