Tem dia melhor pra comer feijoada do que sábado? Dá pra ficar horas na mesa papeando, escolher uma caipirinha caprichada para escoltar a especialidade e até curtir aquela preguicinha que dá depois que a gente come.
Selecionamos quatro feijoadas campeãs pra você se fartar nesse fim de semana:
Fonte Leone, no ABC
Instalado em meio ao burburinho da Rua das Figueiras, na cidade de Santo André, o melhor bar para ir a dois desta edição de VEJA ABC “Comer & Beber” ocupa um charmoso casarão de esquina. Com arquitetura alusiva aos vilarejos típicos da Toscana, na Itália, o endereço tem paredes de tijolinhos aparentes, pé-direito alto e luz difusa, elementos que reforçam ainda mais sua vocação romântica. Nos dias quentes, os casais preferem as mesinhas da varanda, cercada de janelões de vidro, para uma conversa ao pé do ouvido ou para compartilhar uma refrescante jarra de clericot, preparado com vinho branco, Cointreau e pedaços de morango, kiwi e laranja (R$ 30,00). Da seção de drinques, o fresh leone, uma mistura de xarope de amora, calda de pêssego e espumante brut (R$ 14,00), faz ótima companhia às bruschettas cobertas de shiitake salteado com alho (R$ 37,00, com seis unidades), ideais para compartilhar. Também da cozinha sai aos sábados uma afamada feijoada, reconhecida pelo júri como a número 1 da região. Servida em um farto bufê, ela é distribuída em nove grandes panelas de ferro. Ali ficam alinhados, separadamente, o feijão-preto e os pertences, como paio, carne-seca, lombo e costelinha. O preço fixo (R$ 49,90 por pessoa) inclui todos os tradicionais acompanhamentos e dá direito a servir-se da mesa de vinte saladas e de outra com doze sobremesas. Chope Brahma (R$ 6,50, 300 mililitros) e caipirosca de limão com vodca importada (R$ 25,00) podem constituir o casamento perfeito entre comida e bebida.
São Jorge Botequim, em Salvador
A programação musical de primeira e o ambiente propício à paquera são alguns dos atributos responsáveis pelo sucesso do São Jorge Botequim desde sua inauguração, em 2008. Mas é outro predicado que conduz esse bar, aninhado em um fervilhante ponto do Rio Vermelho, ao time de vencedores de VEJA SALVADOR “Comer & Beber”. Servida somente nos fins de semana, sua feijoada conquista o título de a melhor da cidade com uma receita à moda carioca, que leva feijão-preto, elaborada pelo cozinheiro André Mendes. Aos sábados, ela chega à mesa na cumbuca de cerâmica, ao lado de couve refogada, farofa e outras guarnições (R$ 28,90). Pelo mesmo preço, o bufê montado no domingo, das 12 às 16 horas, alinha os pertences separadamente, entre os quais charque, calabresa e costelinha. Nesse dia, bem como no resto da semana, o samba dominaa trilha sonora oficial. Eventualmente, nomes de peso do gênero acabam dando uma canja por ali, a exemplo de Seu Jorge e Diogo Nogueira, que já passaram pela casa e deixaram sua dedicatória em meio a outras tantas espalhadas pelas paredes. Para beber, caldeiretas de chope Brahma (R$ 7,50) dividem a preferência da moçada com as caipiroscas de morango e de kiwi (R$ 16,90).
Zug Choperia, em Fortaleza
Desde a inauguração, há treze anos, este bar mantém uma cativa clientela graças à sua bem cuidada programação musical, eleita pela sétima vez a melhor da cidade. No início, ele era palco exclusivo para artistas de jazz e blues, mas hoje sua trilha sonora abrange os mais variados ritmos. Às sextas, por exemplo, o público se diverte ao som do conjunto Dona Flor, cujo repertório passeia pelo jazz e pela bossa nova. Em seguida, entra em cartaz o grupo Supernova, com clássicos do pop rock internacional das décadas de 70 e 80. O estabelecimento fica mais concorrido nas noites de sábado, quando lota de fãs da banda Locomotiva, que se apresenta ali desde 2001. Além de ter sido laureada nesta edição por sua intensa agenda de shows, a Zug Choperia ganhou o reconhecimento do júri por sua afamada feijoada, disponível apenas no almoço de sábado. Sob a batuta de Aldenor Salomão, pai de Alderito Oliveira, um dos sócios do bar, o preparo da fórmula campeã tem início dias antes de ser servida. Isso garante um caldo mais saboroso, temperado na medida. Embalados por samba de raiz, os clientes recebem a receita em uma cumbuca, que chega à mesa fumegante na companhia de bisteca suína, arroz, farofa, couve, torresmo e gomos de laranja. Por R$ 32,90, pode-se repetir o prato à vontade. Nos demais dias, o cardápio exibe sugestões de alma alemã, caso do joelho de porco assado, guarnecido de spätzle ao molho de cerveja (R$ 73,50, para quatro pessoas), e do salsichão suíno escoltado por salada de batata (R$ 28,90). Da seção etílica, as tulipas de 300 mililitros de chopes Heineken (R$ 6,90) e Xingu (R$ 5,90) dividem as atenções com uma boa seleção de cervejas. Entre elas estão a italiana Birra Moretti (R$ 11,60) e a mexicana Dos Equis (R$ 11,60), ambas em garrafa de meio litro.
Giovannetti, em Campinas
No cardápio deste tradicional bar desde 2000, a feijoada campeã é resultado de um cuidadoso ritual de preparo, que começa três dias antes de a receita chegar à mesa e tem como ponto de partida a dessalga das carnes suínas. Na véspera, já se ouve o chiar das panelas – além de feijão e temperos, elas recebem alguns pedaços de lombo, costelinha, paio e calabresa, responsáveis por engrossar o caldo e emprestar sabor a ele. O restante dos ingredientes, inclusive a carne-seca, é cozido à parte. Na unidade do centro, a primeira da rede, inaugurada em 1937, o prato entra em cena às quartas e aos sábados, em cumbucas ladeadas por arroz, torresmo, couve, laranja, banana à milanesa e farinha de mandioca (R$ 32,90 a porção individual). As mesmas guarnições, além de farofa, mandioca cozida, vinagrete e caldinho de feijão apimentado, integram o vistoso bufê, que é oferecido no Cambuí somente nos sábados de abril a agosto. Ali, as panelas de ferro exibem os itens separadamente, com direito a orelha, pé e rabo suínos. O prato custa R$ 52,50 por pessoa, preço que inclui batidas de maracujá e limão. O chope Brahma (R$ 6,40, 300 mililitros) e a caipirinha de limão (R$ 10,00) são ótima companhia para a refeição em ambos os endereços.