Avatar do usuário logado
OLÁ,
Imagem Blog

Pop! Pop! Pop!

Por Blog Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO
Cultura pop, TV e o que repercute nas redes sociais

Padre Fábio de Melo critica o amigo Rodrigo Branco após falas racistas

Durante live no Instagram, empresário fez comentários racistas sobre Thelma do BBB e sobre a apresentadora Maju Coutinho, da Rede Globo

Por Redação VEJA São Paulo Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 2 abr 2020, 10h18 - Publicado em 2 abr 2020, 10h18
 (Divulgação/Veja SP)
Continua após publicidade

Após o empresário e amigo dos famosos Rodrigo Branco soltar falas racistas em uma live no Instagram, personalidades se manifestaram nas redes sociais – entre elas o padre Fábio de Melo.

Na última terça-feira (31), Rodrigo Branco disse ao vivo em uma live da influenciadora Ju de Paulla que “torcer pela Thelma (do BBB) é racismo” e que todos estavam torcendo por ela por ser “negra coitada”. Ao tentar se explicar, Rodrigo também criticou Maju Coutinho, apresentadora da Rede Globo: “Ela é péssima, é horrível. Eu a assisti hoje, ela só tá ali por causa da cor. Qual foi a carreira dela? A carreira dela foi ser xingada.”

Padre Fábio de Melo, que é amigo de Rodrigo Branco, se pronunciou no Instagram ao postar um vídeo de Babu, outro participante do BBB, durante uma conversa sobre racismo.

“Eu não costumo colocar meu senso de justiça no bolso para defender os que amo. Quando tive um familiar preso por roubo, eu assumi a defesa de quem foi roubado”, relembra Fábio de Melo. “Rodrigo é um irmão que a vida me deu. Mas não assumo sua defesa.”

Sobre o vídeo, o padre completa: “Babu nos alerta para o racismo da linguagem. Ele tem razão. Precisamos de uma profunda mudança de mentalidade. Thelma e Maju são duas mulheres grandiosas, mas não o são porque são ‘pretas’. São porque são.”

Continua após a publicidade

Após a polêmica, Ju de Paulla publicou um posicionamento sobre o momento. “Eu fiquei sem acreditar no que estava ouvindo. Eu até tentei explicar para o Rodrigo e para os seguidores o quão racista é aquela fala dele, mas fui interrompida algumas vezes. Fiquei muito nervosa e confesso que fiquei sem saber como agir”, disse.

Depois da repercussão, Branco foi ao Instagram para pedir desculpas por meio de um vídeo. “Várias vezes já falei besteiras e já falei que mudei de ideia”. Nesta terça, o perfil do empresário não estava mais disponível na rede social.

View this post on Instagram

Não acompanho o jogo. Sei pouco sobre os candidatos. Não tô aqui fazendo torcida pra ninguém. Quero apenas, com muita humildade, oferecer meu lugar de fala ao Babú. Em poucos minutos ele nos recordou que precisamos ressignificar o que dizemos. A mim sempre incomodou o simbólico negativo que atribuímos ao conceito de negro. Mas eu quero e preciso evoluir. O que digo influencia o que penso. É neste ciclo que preciso interferir. Há 7 anos eu escrevi um livro intitulado: “o discípulo da madrugada”, a história de um homem que só se encontrava com Jesus sob a proteção das sombras. Foi uma forma de ressignificar a noite. Lá eu disse: “sim, o escuro também me ilumina.” Sei que muitos estão sabendo do episódio de racismo que envolveu meu amigo Rodrigo Branco. Nesta semana, ele proferiu agressões verbais à Thelma, do BBB, e à apresentadora Maju Coutinho. A sua fala me estarreceu. Eu não costumo colocar meu senso de justiça no bolso para defender os que amo. Quando tive um familiar preso por roubo, eu assumi a defesa de quem foi roubado. Rodrigo é um irmão que a vida me deu. Mas não assumo sua defesa. Não compactuo com o que ele disse. Mas não o abandono, pois sei que ele jamais me abandonaria. Hoje, quando assisti a esse vídeo, vi uma oportunidade de tocar no fato, uma vez que tantos sabem de minha proximidade com ele. Babu nos alerta para o racismo da linguagem. Ele tem razão. Precisamos de uma profunda mudança de mentalidade. Thelma e Maju são duas mulheres grandiosas, mas não o são porque são “pretas”. São porque são. Mas não podemos negar que o caminho para elas foi muito mais difícil do que para os que nascem sob o “vergonhoso e infame privilégio da cor.” A exemplo de Zileide Silva, Glória Maria, Heraldo Pereira e tantos outros, elas nos recordam que seus espaços não lhes foram concedidos por piedade ou correção histórica, mas sim por competência, esforço e capacidade. Eu estou muito triste com o acontecido. E queria que tudo isso nos ensinasse. Pode ser que você também tenha algo a ser corrigido na mentalidade e suas expressões. Apresse-nos. Para que ataques como o do Rodrigo não se repitam. Para que a luz dos pretos nos livre da cegueira de nossa claridade.

A post shared by pefabiodemelo (@pefabiodemelo) on

Publicidade