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Com expectativa de vida de 6 anos, homem com câncer surpreende a todos

"A melhor qualidade do meu tio é sua fé e perseverança, ele se recusa a desistir", disse o sobrinho responsável por compartilhar a história

Por Redação VEJA São Paulo Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 27 fev 2019, 19h16 - Publicado em 27 fev 2019, 18h19
 (Reprodução/Bored Panda/Veja SP)
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Michael Moyles tinha apenas 27 anos de idade quando recebeu uma notícia que mudaria para sempre: capitão na aeronáutica dos Estados Unidos, o rapaz jogava basquete em um time amador da cidade de St. Louis. Ao defender o título de campeão, sofreu um acidente e acabou colidindo com outro jogador. O impacto fez com que o atleta ficasse inconsciente por 30 segundos e perdesse os movimentos de seu braço direito. No hospital, médicos decidiram fazer uma ressonância magnética antes de dar alta ao paciente, só por precaução. Os profissionais, no entanto, encontraram uma imagem preocupante.

Em um primeiro momento, os médicos não entenderam o que o exame representava. Após um ano de muito exames, Michael finalmente recebeu o diagnóstico de astrocitoma, um tumor maligno no cérebro. Pouco antes do diagnóstico, o rapaz tinha pedido sua namorada, Angie, em casamento. “Após aceitar o pedido de um capitão jovem, forte e saudável da aeronáutica, ela se viu noiva de um paciente terminal com câncer”, relembrou Michael sobre a época. Eles trocaram alianças seis meses após o diagnóstico de Michael.

As chances do paciente não eram nada boas: médicos acreditavam que Michael viveria apenas mais seis ou oito anos, no máximo. O diagnóstico foi feito 20 anos atrás — e o capitão da aeronáutica continua firme e forte após uma série de batalhas.

Em 28 de abril de 2001, seu primeiro aniversário de casamento, Michael enfrentou sua primeira cirurgia. O médico Keith Black e sua equipe de neurocirurgiões removeram um tumor de 2,8 centímetros do seu lóbulo frontal. O espaço é responsável pela memória, personalidade e linguística do cérebro. Michael não sentiu nenhuma mudança significativa e, após seis meses, se recuperou da doença.

Após quatro anos em remissão, exames de check-up mostraram que o câncer havia retornado em 2005. “Maior e mais agressivo, ele crescia rapidamente. Os médicos não podiam esperar por um ano para entender o que estava acontecendo”, relembrou o paciente. O capitão retornou para a mesa operatória, mas como os tumores eram reincidentes, médicos aconselharam que o rapaz fizesse quimioterapia. “É uma palavra que irá causar medo até nos pacientes mais corajosos, e eu não era uma exceção”, disse sobre o tratamento.

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O rapaz enfrentou muito meses de quimioterapia até descobrir que exercícios, especialmente corrida, melhoravam seu bem estar e qualidade de vida. Não demorou muito até que ele corresse sua primeira maratona — enquanto continuava o tratamento. Após o fim da quimioterapia, no entanto, os tumores voltaram e oncologistas decidiram continuar com a quimioterapia. Por dez meses, Michael continuou comparecendo às sessões e correu mais duas maratonas. Ele e Angie também tiveram uma filha.

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Apesar de toda a luta, o câncer permanecia resistente aos tratamento e Michael não tinha chance: ele precisou enfrentar uma nova cirurgia invasiva. Após uma série de complicações médicas, uma parte de seu crânio teve que ser removida. O procedimento cirúrgico, a quimioterapia e radioterapia ajudaram o paciente a controlar a doença, o que permitiu que o paciente continuasse correndo. Então, ele criou o “Team Michael Moyles”: “O meu cunhado e eu começamos o time em 2008 e em 2012 nós já tínhamos arrecadados quase 100 000 dólares”, comemorou.

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O tipo de câncer de Michael tem uma média de vida de apenas 9 meses, mas ele já viveu mais de 20 anos. O tumor, no entanto, retornou uma quinta vez no inverno de 2016, ainda mais agressivo. Ele enfrentou um tratamento experimental, que funcionou — até a semana passada. Os tumores “explodiram” e estão se espalhando rapidamente e Michael recebeu apenas 10 meses de vida.

No domingo (24), o sobrinho de Michael compartilhou a história do tio no reddit, onde mais de 17 000 pessoas já acompanharam a narrativa, atraindo outros 721 comentários. “Na minha opinião, a melhor qualidade do meu tio é sua fé e perseverança, ele se recusa a desistir”, disse Søren Janson ao Bored Panda. “Ele já venceu o câncer quatro vezes, mas essa situação parece insuportável. Ele está devastado. Preces são aceitas com carinho, ou apenas deseje boa sorte se você não for uma pessoa religiosa. Ele é o maior homem que eu já conheci”, desabafou.

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