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O trágico acidente que fez Roberto Carlos perder uma perna

Episódio traumático está registrado em algumas canções do rei, como "O Divã"

Por Redação VEJA São Paulo Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
23 dez 2022, 16h41
Imagem mostra cantor de terno branco sobre camiseta azul clara segurando um microfone com pedestal.
Roberto Carlos: curso no Sesc traz história do rei (Caio Girardi/Veja SP)
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Roberto Carlos comanda seu tradicional especial de fim de ano na Rede Globo nesta sexta-feira (23). Muita gente tem curiosidade sobre um fato trágico que aconteceu na vida do rei: como ele perdeu a perna?

O cantor e compositor fala pouco sobre o assunto. O que se sabe é que houve um acidente em 1947 em sua cidade natal, Cachoeiro do Itapemirim, quando ele tinha apenas seis anos.

A cidade comemorava o Dia de São Pedro e o então menino estava com uma amiga perto de uma linha de trem para ver as celebrações. Ele acabou tropeçando e foi atropelado por uma locomotiva na altura da canela direita.

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Apesar de reservado, o cantor falou sobre o episódio traumático em algumas canções. Em “O Divã”, por exemplo, ele diz: “Relembro bem a festa, o apito/E na multidão um grito/O sangue no linho branco”). Já em “Traumas”, escreve: “Falou dos anjos que eu conheci/No delírio da febre que ardia/Do meu pequeno corpo que sofria/Sem nada entender”. 

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A  amiga que estava com ele na ocasião, Eunice Solino, rememorou o acidente no livro “Roberto Carlos Outra Vez”, do biógrafo Paulo Cesar de Araújo.

“Me lembro da professora na frente do trem, gritando para o maquinista parar. Mais um pouco e ela também podia ter sido atropelada, porque se desesperou, coitada. Guardo até hoje essa imagem comigo”, disse à publicação. 

Em 2021, em entrevista ao podcast de Washington Olivetto, o W/Cast, o jornalista Nelson Motta contou sobre quando Roberto Carlos passou a usar uma prótese. 

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“Roberto contou que com 13/14 anos ele não tinha prótese na perna. Era aquela calça com alfinetinho e a muleta. Ele ia para o colégio, brincava. Depois, o pai dele ouviu falar que no Rio havia um médico que fazia prótese. Ele foi lá com o pai, mas não deu em nada. No terceiro hospital que eles foram, ouviram falar de um médico alemão. Vai ver foi treinado em algum campo de concentração ou era um inocente só. O fato é que o cara era um craque. O alemão botou uma bola de tênis para amenizar e construiu uma prótese para o Roberto. Ele contou que saiu correndo, tropeçando, foi correndo pela praia. No dia seguinte, ele foi a um baile e dançou a noite inteira. Ele não teve nenhum problema em falar da perna, do acidente“, disse o jornalista, que na ocasião pesquisava sobre a vida do rei para uma minissérie. 

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