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Jovem que dorme até 22 horas por dia desabafa: “Me chamam de preguiçosa”

Rhoda Rodriguez-Diaz, de 21 anos de idade, sofre de uma condição rara chamada "síndrome da Bela Adormecida"

Por Redação VEJA São Paulo Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 25 mar 2019, 17h11 - Publicado em 25 mar 2019, 16h50
 (Reprodução/Daily Mail/Veja SP)
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Rhoda Rodriguez-Diaz, de 21 anos de idade, sofre de uma condição rara chamada “síndrome da Bela Adormecida”. A doença faz com que a universitária de Leicester, no Reino Unido, durma por até 22 horas diariamente, acordando apenas para comer fast-food, beber água e ir ao banheiro. No pior dos casos, a mulher pode dormir por até três semanas — e, por causa disso, ela repetiu um ano da faculdade.

“É muito irritante quando as pessoas me chamam de preguiçosa”, explicou Rhoda ao Daily Mail. “Eu tenho dificuldades para lidar com os sintomas da minha síndrome. Mas estou determinada a não permitir que a doença tem um impacto grande no meu dia a dia. É parte de mim, e não quem eu sou. É frustrante por que eu não posso evitar”.

Ainda criança, Rhoda foi diagnosticada com distúrbio do sono. Mas apenas em setembro de 2018, médicos finalmente descobriram que a estudante de psicologia tinha síndrome de Kleine-Levin. A universitária pode passar meses sem sofrer com um episódio: “A vida continua enquanto eu estou dormindo. A realidade é difícil quando eu acordo e noto que perdi uma semana da minha vida. Sinto uma enorme desvantagem, eu perco tantas coisas. Essa é a parte mais difícil. Também é difícil explicar para as pessoas onde eu estive, porque é muito raro que elas compreendam”.

Hoje, Rhoda lamenta não poder ter passado mais tempo com os amigos na infância: “Quando eu tinha quatro ou cinco anos de idade, eu dormia por duas ou três semanas e os médicos não faziam ideia do que eu tinha”, explicou. “Era muito ruim, quando eu era criança. Mas a situação não voltou a se repetir até que eu entrei na adolescência. Quando eu tinha 15 ou 16 anos, lembro que os episódios aconteceram com mais frequência. Eu dormia até no colégio. Eu me forçava a ir para a sala de aula. Não sofri com bullying, mas a situação era muito frustrante”.

“Adorava praticar esportes, mas eu não podia participar dos treinos porque estava constantemente cansada. Era necessário forçar o meu corpo a fazer as atividades do dia a dia, mas eu me achava mentalmente cansada o tempo todo. Quando eu acordo após alguns dias, eu me sinto normal novamente. Os meus amigos dizem que podem identificar quando eu tive um episódio porque tenho mudanças de humor. Eu fico nervosa e o meu comportamento muda drasticamente”, contou Rhoda. Não há cura para a síndrome.

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