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Documentário sobre torturados na ditadura vence Festival É Tudo Verdade

Os Arrependidos, dirigido por Ricardo Calil e Armando Antenore, levou o prêmio de melhor filme brasileiro

Por Redação VEJA São Paulo Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
18 abr 2021, 18h38
Cena de Os Arrependidos, dirigido por Ricardo Calil e Armando Antenore, mostra três homens sentados na rua conversando. No meio, um rapaz de origem asiática olha para o homem da direita enquanto o da esquerda fuma um cigarro.
Cena de Os Arrependidos, dirigido por Ricardo Calil e Armando Antenore. (Divulgação/Divulgação)
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O documentário Os Arrependidos, de Ricardo Calil e Armando Antenore, foi o grande vencedor da competição de longas-metragens brasileiros do festival É Tudo Verdade, referência do gênero no país. Os prêmios foram entregues neste domingo (18) durante uma cerimônia on-line. As informações foram divulgadas pela Folha.

Este é o segundo ano em que o vencedor retrata a resistência contra a ditadura militar brasileira. No ano passado, o vencedor do festival foi Libelu, sobre o grupo contra regime militar que ajudou na retomada do movimento estudantil nos anos 1970.

O ganhador deste ano apresenta a história pouco documentada dos processos de mea-culpa de militantes da luta armada no início dos anos 1970, período mais violento da ditadura militar no país.

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A história revela como alguns dos presos políticos cederam a pressões internas e externas e optaram pela autocrítica. O filme também radiografa o esquema de tortura e coação que levou essas pessoas a fazerem confissões públicas.

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A menção honrosa de melhor longa nacional foi para Máquina do Desejo – 60 anos de Teatro Oficina, de Lucas Weglinski e Joaquim Castro, que celebra o teatro paulistano comandado por Zé Celso.

Na competição internacional, o vencedor foi Presidente, de Camilla Nielsson. A produção dá luz ao jovem e carismático líder Nelson Chamisa, no Zimbábue, que enfrenta nas eleições a velha guarda de Emmerson Mnangagwa e mostra como os partidos interpretaram os princípios democráticos, depois do país ser comandado por décadas de ditadura. Nesta categoria, a menção honrosa foi para Vicenta, documentário feito a partir de animação de bonecos e produzido por Darío Doria.

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