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Cultura pop, TV e o que repercute nas redes sociais

Ao vivo, Evaristo Costa lê carta de José Mayer sobre assédio

Apresentador leu o texto na íntegra e, e em nome da Globo, pediu desculpas à figurinista Su Tonani

Por Redação VEJA São Paulo Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
4 abr 2017, 15h37
 (Reprodução/)
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A Globo divulgou nesta terça (4) uma carta aberta de José Mayer a respeito da denúncia de assédio feita por uma colega de emissora. O pedido de desculpas do ator foi lido na íntegra por Evaristo Costa no Jornal Hoje e está repercutindo nas redes sociais.

A figurinista Su Tonani, de 28 anos, acusou o ator de dizer palavras obscenas e até tocar em suas partes íntimas. Antes, ele havia negado o assédio, dizendo que “as palavras e atitudes que me atribuíram são próprias do machismo e da misoginia do personagem Tião Bezerra”, referindo-se ao papel na novela A Lei do Amor, que acaba de sair do ar. Na segunda (3), a Globo informou que o ator foi suspenso.

Evaristo Costa leu a carta e em nome da Globo, pediu desculpas à figurinista e afirmou que a emissora apoia a iniciativa de atrizes como Sophie Charlotte, Drica Moraes e Bruna Marquezine, que levantaram-se contra o assédio usando uma camiseta com a estampa “Mexeu com uma mexeu com todas”. O próprio Evaristo aderiu à campanha e publicou um post com a frase no Twitter. Mais tarde, o texto também foi lido por Otaviano Costa no Vídeo Show.

Leia na íntegra:

“Carta aberta aos meus colegas e a todos, mas principalmente aos que agem e pensam como eu agi e pensava:

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Eu errei.
Errei no que fiz, no que falei, e no que pensava.
A atitude correta é pedir desculpas. Mas isso só não basta. É preciso um reconhecimento público que faço agora.
Mesmo não tendo tido a intenção de ofender, agredir ou desrespeitar, admito que minhas brincadeiras de cunho machista ultrapassaram os limites do respeito com que devo tratar minhas colegas. Sou responsável pelo que faço.
Tenho amigas, tenho mulher e filha, e asseguro que de forma alguma tenho a intenção de tratar qualquer mulher com desrespeito; não me sinto superior a ninguém, nao sou.
Tristemente, sou sim fruto de uma geração que aprendeu, erradamente, que atitudes machistas, invasivas e abusivas podem ser disfarçadas de brincadeiras ou piadas. Não podem. Não são.
Aprendi nos últimos dias o que levei 60 anos sem aprender. O mundo mudou. E isso é bom. Eu preciso e quero mudar junto com ele.
Este é o meu exercício. Este é o meu compromisso. Isso é o que eu aprendi.
A única coisa que posso pedir a Susllen, às minhas colegas e a toda a sociedade é o entendimento deste meu movimento de mudança.
Espero que este meu reconhecimento público sirva para alertar a tantas pessoas da mesma geração que eu, aos que pensavam da mesma forma que eu, aos que agiam da mesma forma que eu, que os leve a refletir e os incentive também a mudar.
Eu estou vivendo a dolorosa necessidade desta mudança. Dolorosa, mas necessária.
O que posso assegurar é que o José Mayer, homem, ator, pai, filho, marido, colega que surge hoje é, sem dúvida, muito melhor.

José Mayer”

Confira a repercussão:

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