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Jovem vai às lágrimas após discussão com companhia aérea

A família de Isaac Weston, de 13 anos de idade, deixou a aeronave após discutir por cerca de dez minutos com a tripulação

Por Redação VEJA São Paulo Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 3 dez 2018, 17h48 - Publicado em 3 dez 2018, 17h12
 (Reprodução/Veja SP)
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Uma companhia aérea está sendo questionada por colocar em risco a vida de um adolescente alérgico a nozes após se recusar a deixar de servir a guloseima à bordo da aeronave. A família de Isaac Weston, de 13 anos de idade, deixou a aeronave após discutir por cerca de dez minutos com a tripulação por causa do assunto. Eles também afirmam que os funcionários se recusaram a avisar outros passageiros sobre a alergia potencialmente fatal do jovem.

A família, que retornava ao Reino Unido após participar de um casamento no Peru, foi às lágrimas. Eles fizeram as reservas do voo pela British Airways, mas retornariam para casa pela Iberia — uma companhia aérea “irmã” a British Airways.

Isaac corre risco de morte se apenas tocar numa noz e carrega consigo uma injeção de epinefrina, um dispositivo médico para evitar choque anafilático. A irmã do adolescente, Leona Weston, de 21 anos de idade, revelou que pedir para que outros passageiros não consumam nozes nunca foi um problema em outros voos e que a requisição “era um preço pequeno a se pagar pela vida de uma criança”. “A aeromoça disse que essa não era a política da companhia. Eu disse que ele poderia morrer, mas recebi como resposta que eu deveria deixar de ser histérica”.

A mulher também disse que o irmão mais novo ficou envergonhado e chateado por causa da situação, mas que ela disse que ele não deveria ter vergonha: “É uma questão de vida ou morte — ele não está sendo mimado”, contou a jovem. Isaac foi diagnosticado com diversas alergias ainda criança, quando foi hospitalizado após sofrer uma severa reação ao comer tomates. Ele também é alérgico a frutos do mar, gergelim e damasco.

A família conseguiu retornar para o Reino Unido dois dias após o programado, em um voo saindo da Argentina com a Latam Airlines — que fez um anuncio sobre as alergias de Isaac. A família gastou 6 000 libras extras em acomodações e rotas alternativas para voltar para casa. A mãe do adolescente, Selina, de 51 anos, fez uma reclamação sobre a situação poucos dias após o incidente, mas a família ainda não recebeu uma resposta da companhia aérea. “Você imaginaria que uma companhia área grande como essa estaria atento aos problemas relacionados à alergias. Isso parece o exemplo de uma grande companhia ignorando pessoas pequeninas”, desabafou Leona.

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“Estar num avião com nozes sendo servidas livremente poderia colocar a vida do meu irmãozinho em risco. Mesmo não sendo a política da empresa, não seria um problema fazer um anúncio sobre o problema. A vida do Isaac já é repleta de medo e altos riscos, ele não pode controlar suas alergias e precisa se adaptar ao ambiente”, contou a jovem.

Ao Daily Mirror, a Iberia revelou que não recebeu instruções prévias sobre as condições de Issac e recomendou à família fazer uma ligação ao SAQ com antecedência. “Se é uma alergia séria, um médico da Iberia precisaria estar envolvido e precisaria de um atestado do médico do passageiro para alertar a nossa tripulação”, disse um representante da empresa. “Nós gostaríamos de pedir desculpas pela inconveniência”.

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