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Agredidos por taxistas anti-Uber, repórter da Globo e marido desabafam na web

O conflito entre taxistas e o aplicativo de caronas Uber tem rendido casos vergonhosos de violência no Brasil. Uma dessas situações lamentáveis fez como vítima uma repórter da SportTV e da TV Globo Minas Gerais, que desabafou em um post do Facebook sobre o ato de violência. Na sexta (7), Luciana Machado e seu marido […]

Por VEJASP
Atualizado em 26 fev 2017, 15h10 - Publicado em 10 ago 2015, 19h20
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lucianamachado

O conflito entre taxistas e o aplicativo de caronas Uber tem rendido casos vergonhosos de violência no Brasil. Uma dessas situações lamentáveis fez como vítima uma repórter da SportTV e da TV Globo Minas Gerais, que desabafou em um post do Facebook sobre o ato de violência.

Na sexta (7), Luciana Machado e seu marido saíam do aniversário de uma amiga em um bar no bairro União, região noroeste de Belo Horizonte, quando decidiram usar o serviço do Uber. De acordo com a jornalista, ela já estava dentro do carro quando três taxistas se aproximaram e impediram o motorista de dar a partida. Foi quando ela e o marido desceram do carro e a briga começou.

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Segundo ela, um dos homens segurou o marido, Marcel, com “um mata-leão” enquanto os outros “foram para cima dele”. “Tentei segurar, empurrar, tirar, impedir de alguma forma que ele se machucasse, enquanto o Marcel se preocupava em nos proteger e saía no braço com os taxistas. Um deles disse que só não me bateu porque eu sou mulher”, escreveu.

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A briga foi interrompida quando uma viatura da Polícia Militar passou vagarosamente pelo local. Ainda assim, não pararam para ajudá-la ou para levá-los para casa. O casal registrou um boletim de ocorrência em um posto da PM e Marcel passou por um exame no IML. Assista ao vídeo:

[youtube https://www.youtube.com/watch?v=iIkI1iRvVno?feature=oembed&w=500&h=375%5D

Confira o texto completo:

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Desabafo.

Desde que a Lei Seca foi implementada eu tive que obedece-la, como deveriam todos os brasileiros. E passei a usar o táxi como transporte toda vez que saía pra tomar uma cervejinha ou um vinho. Qual era a ideia: garantir a minha segurança e a de outras pessoas que estão no trânsito. Passei a gastar mais dinheiro ao deixar o carro em casa, achando que estaria mais segura. Muitas vezes fui e voltei pra casa com um serviço honesto, mas muitas outras vezes entrei em carros mal cuidados, com motoristas mal educados e, principalmente, que desobedecem as leis de trânsito e ainda colocam a vida dos passageiros em risco.

Todas as vezes que pegava um táxi eu já começava a me preocupar perto de casa: sabe aqueles cruzamentos de bairro, superperigosos, onde nem sempre as pessoas respeitam o sinal de pare? Pois é. Uma vez o motorista até simpático empolgou no papo (e eu nem estava a fim de conversar, só queria voltar pra casa) e quase mata nós dois. Sim, posso dizer isso porque um ônibus passava em uma velocidade considerável e o taxista simplesmente ignorou o sinal de pare. Ele felizmente conseguiu parar praticamente em cima do ônibus. Por pouco não nos acertou e justamente do lado do carro onde eu estava sentada. Outro dia, até comentei sobre isso por aqui, um outro taxista ignorou meu alerta quando, após passar em um cruzamento sem olhar, eu pedi pra ele tomar cuidado porque o seguinte era mais perigoso. Resultado: fui ignorada e, se estivéssemos passado no cruzamento alguns segundos depois, um carro teria batido em nós e, mais uma vez, do lado onde eu estava sentada.

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Quando descobri a existência do Uber fiquei surpresa com a qualidade e higiene dos carros, o preparo e a educação dos motoristas, além do preço, é claro. Comecei a usar o transporte e pouquíssimas vezes recorri ao táxi. Quando entro em um até pergunto o que eles acham do Uber pra tentar entender o lado dos taxistas. Já ouvi alguns sensatos, outros nem tanto. Fato é que os taxistas se organizaram para tentar, de forma violenta, acabar com o Uber. Os motoristas são frequentemente ameaçados e, consequentemente, os passageiros também. Já passei por duas experiências assim e com o mesmo motorista.

Na primeira vez, eu e Marcel estávamos em frente ao hotel Ouro Minas aguardando o Uber. Quando ele chegou, um taxista parou na frente dele, tentando impedir que saíssemos com o carro. Reclamamos, indignados, e conseguimos ir embora. 

Na última vez foi muito pior. Após comemorarmos o aniversário de uma amiga em um barzinho da Av Alberto Cintra, esperamos pelo Uber. Assim que ele chegou nós entramos e um taxista já tentou impedir que ele desse a partida. Conseguimos sair, mas outros dois taxistas chegaram e cercaram o carro. Naquele momento eu não acreditava que três idiotas estavam ameaçando o motorista, a mim e o Marcel. Descemos do carro para questionar os taxistas que começaram a falar que estávamos usando um transporte ilegal, o que não é verdade. Assim que ficaram sabendo onde eu trabalhava, piorou. O sangue ferveu, não conseguíamos ir embora e no meio do bate-boca começou a agressão. Imaginem três taxistas contra seu marido! Um segurou o Marcel praticamente com um mata-leão, enquanto os outros foram pra cima dele. Tentei segurar, empurrar, tirar, impedir de alguma forma que ele se machucasse, enquanto o Marcel se preocupava em nos proteger e saía no braço com os taxistas. Um deles disse que só não me bateu porque eu sou mulher, porque ele não batia em mulher. Não sei se isso foi sorte ou azar…

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Uma viatura da PM estava próxima e foi chegando devagar. Os taxistas que antes eram machões dizendo que iam chamar a polícia pra gente (inverteram tudo pra nos intimidar ainda mais), foram entrando no carro e teve um que deu até ré em plena av Cristiano Machado. Ingenuamente e muito nervosa, eu só fiz um pedido aos policiais militares que ali chegaram: por favor, nos ajude a sair daqui com segurança. Os militares nem sequer pararam o carro, desceram ou registraram o ocorrido. E, naquela hora, não tínhamos cabeça pra pensar que aquilo também era absurdo.

Depois de estarmos seguros dentro do carro a caminho de casa, aí caiu a ficha. Então paramos numa Companhia da PM e fizemos o registro do boletim de ocorrência. Marcel também fez o exame de corpo delito, no IML. 

Depois de me sentir insegura, violentada, com meu direito de ir e vir cerceado, vamos procurar nossos direitos. Muitos taxistas estão usando a violência para protestar e estão, cada vez mais, perdendo a razão. Em Brasília, fiquei sabendo de um caso em que um taxista chegou armado para o motorista do Uber e mandou os passageiros dele entrarem no táxi. Um advogado já me informou que isso é sequestro. Basta de violência!

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Se você estiver em um Uber e for vítima do assédio dos taxistas, não saia de dentro do carro. Confirme que as portas estão trancadas, ligue a câmera e faça um vídeo, enquanto outra pessoa liga para o 190. Registre tudo o que puder. Não deixe de fazer a sua parte se você também for agredido ou intimidado. As agressões dos taxistas estão cada vez mais promovendo a ineficácia do serviço e trabalhando a favor do tão temido inimigo Uber.”

Você concorda com o desabafo de Luciana? Deixe seu comentário e aproveite para curtir nossa fanpage no Facebook.

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