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Jovem faz “selfie” antes de balão atingir fios de eletricidade

""Eu tinha acabado de tirar uma foto quando eu percebi que estávamos indo na direção de um poste telefônico", relatou a jovem sobre o acidente

Por Redação VEJA São Paulo Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 14 Maio 2017, 19h23 - Publicado em 14 Maio 2017, 19h18
 (Reprodução/Veja SP)
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Rebecca Fry, uma jovem de 23 anos de idade, ganhou uma oportunidade única: viajar num balão de ar quente. O que era para ser um sonho, no entanto, quase se transformou em tragédia quando a cesta onde ela estava atingiu fios de eletricidade que descarregaram 33 000 volts em seu corpo. A mulher ficou a minutos da morte.

A única passageira da viagem que aconteceu pela manhã, Rebecca sofreu terríveis queimaduras em seus pernas, costas e mãos quando o balão atingiu os cabos a mais de 15 metro de altura próximo a cidade de Northampton, na Inglaterra. O passeio foi um presente de seu noivo. “A cesta pegou fogo e o calor intenso forçou o balão a disparar para cima, o calor fazia com que ele subisse. Eu tentei gritar, mas não conseguia abrir a minha boca porque a eletricidade estava me fazendo ranger os meus dentes“, contou ao The Daily Mail.

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Eu olhei para as minhas pernas e percebi que elas pareciam frango cozido porque toda a pele estava caindo. Minhas calças estavam queimadas e derreteram sobre o meu corpo. Eu achei que fosse morrer, eu conseguia sentir a eletricidade passando pelo meu corpo e não conseguia ver ou ouvir nada. Não tinha o controle do meu corpo. Eu fiquei consciente durante a maioria do acidente, parecia que meu pescoço iria quebrar“, desabafou a jovem após o acidente, que aconteceu em maio de 2016.

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Rebecca conta que foi logo após compartilhar uma selfie no Facebook que ela percebeu que corria perigo: “Eu tinha acabado de tirar uma foto quando eu percebi que estávamos indo na direção de um poste telefônico. Eu só conseguia pensar que deveria evitá-lo, mas quando eu percebi já era a tarde demais. Um dia incrível se transformou num pesadelo“, contou a mulher. “Eu sabia que era grave quando vi o helicóptero“, contou a jovem, que recebeu os primeiros socorros de uma organização de caridade formada por voluntários que ajudam a salvar vidas na Inglaterra.

O piloto de 64 anos de idade que estava ao lado dela, no entanto, não sofreu nenhum ferimento e conseguiu pousar o bolão em segurança. Ao aterrissar, a jovem conseguiu ligar para seu pai e sua mãe para pedir ajuda. Eles, então, enviaram paramédicos ao local do acidente. Ela foi levada de helicóptero até o hospital mais próximo e passou quatro semanas internada na unidade especial para vítimas de queimaduras. A recuperação não foi fácil: “Foi terrível, mas eu sabia que precisava enfrentar aquilo se quisesse sobreviver. Eles me enrolavam em bandagens, mas ainda assim eu perdia cerca de 10 litros de fluídos por dia“.

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Meus pais imploraram para que eles me colocassem em coma induzido ou aplicassem uma epidural porque a dor era muita intensa“, contou.  O namorado de Rebecca, Bret Hay, planejou pedir a jovem em casamento durante um passeio, mas resolveu antecipar a pergunta para a noite de Ano Novo. Ele estava seguindo o balão quando o acidente aconteceu: “Quando eu estava no hospital, Bret e meus pais estavam lá todos os dias me apoiando e cuidando de mim“, contou a mulher.

Um ano após o acidente, Rebecca ainda passa por tratamento para ajudá-la a superar o trauma. Ela também teve a oportunidade de conhecer o homem que salvou a sua vida, o médico Rupert Hurry, de 39 anos, que faz trabalho voluntário para a ONG que atendeu a jovem primeiramente: “Quando Ruper chegou na cena do acidente, eu lembro de olhar nos olhos dele e me sentir segura. Eu sabia que sobreviveria por causa dele“, contou.

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A minha vida mudou e eu preciso aceitar isso. Tudo o que não era importante para mim antes agora é, e eu estou aproveitando cada momento da vida. Eu quero que outras pessoas que passaram por uma experiência traumática saibam que vai ficar tudo bem!“, contou a mulher ao The Daily Mail.

Eu ainda estou enfrentando tratamento para me ajudar a superar o que aconteceu e eu estou melhorando. Eu estou tratando meus sintomas de Estresse Pós Traumático e minha ansiedade e estou muito grata por estar viva“, contou a mulher. Rebecca e o noivo pretendem se casar em 2018 na Itália com seus amigos mais próximos e familiares.

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