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Poder SP - Por Sérgio Quintella

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Sérgio Quintella é repórter de cidades e trabalha na Vejinha desde 2015

Oca tem sinais de deterioração, mas obras não começam por falta de aprovação de órgão estadual do patrimônio

Na estrutura icônica no Ibirapuera, a cobertura está repleta de fungos e de áreas descascando, o que tira parte da impermeabilização

Por Sérgio Quintella Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
7 Maio 2021, 06h00
vista da parte externa da oca
vista da parte externa da oca (Alexandre Battibugli/Veja SP)
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Projetado por Oscar Niemeyer em 1951 e inaugurado três anos depois, para as comemorações do quarto centenário da cidade, o Pavilhão Lucas Nogueira Garcez, mais conhecido como Oca, no Parque Ibirapuera, precisa urgentemente de uma boa demão de tinta. A pintura branca, sempre vista de longe, deu lugar a um cinza rasgado e manchado. A cobertura está repleta de fungos e de áreas descascando, o que tira parte importante da impermeabilização do espaço e causa infiltrações de água.

detalhe da parte externa da oca, que mostra trincas e rachaduras na estrutura
Parte externa: trincas e rachaduras (Alexandre Battibugli/Veja SP)
detalhe interno da oca
Vista interna: umidade aparente (Alexandre Battibugli/Veja SP)

Orçada em 500 000 reais, a reforma emergencial de um dos principais equipamentos culturais da cidade não ocorre por um simples motivo: falta de autorização por parte do órgão de patrimônio estadual, o Condephaat. “Enviamos em novembro passado o primeiro ofício solicitando autorização para a pintura, mas nunca nos responderam”, afirma Samuel Lloyd, diretor da Urbia, concessionária que administra o parque desde o fim do ano passado.

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Além do Condephaat, a empresa enviou o mesmo pedido para os órgãos municipal (Conpresp) e federal (Iphan) do patrimônio, que responderam em partes às solicitações. “Quanto mais tempo passa, mais cara a restauração fica. Espero que tenhamos a resposta logo, para não ocorrer o mesmo que houve com a Marquise.” Ele se refere ao espaço que está caindo aos pedaços desde 2017 e foi interditado definitivamente no fim do ano passado. A obra de restauração será tocada pela prefeitura, ainda sem prazo para começar.

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vista de marquise da oca, interditada
Marquise fechada: sem prazo para reabertura (Alexandre Battibugli/Veja SP)

Em nota, a Secretaria Estadual da Cultura, à qual o Condephaat é subordinado, diz que as afirmações de Lloyd não condizem com a verdade. “É falsa a informação de que a Urbia não consegue contato. No dia 18 de março, o conselho solicitou esclarecimentos e complementos para a solicitação, pois as propostas encaminhadas estavam confusas e incompletas de dados técnicos. Até o momento, a Urbia não respondeu.” Procurado novamente, Samuel Lloyd afirma ter revirado e-mails e caixas de spam e não encontrou nenhuma resposta.

Enquanto a pintura da Oca não começa, o espaço será palco de um evento virtual. Em três dias de gravações, o Festival Não Existe, criado pelos fundadores do selo de música eletrônica Gop Tun, vai reunir atrações como as DJs Badsista e Eli Iwasa, uma palestra com DJ Hum e a dupla de grafiteiros osgemeos, performances de Rakta e Vermelho Wonder e show do músico Arthur Joly, especialista em sintetizadores. A exibição será nos dias 27 e 28 de maio. “A ideia é que haja momentos para assistir à programação sentado no sofá e outros mais contemplativos e divertidos. Vai esquentar aos poucos e terminar pegando fogo”, afirma o cofundador Caio Taborda, 36.

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Colaborou Humberto Abdo.

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Publicado em VEJA São Paulo de 12 de maio de 2021, edição nº 2737

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