Avatar do usuário logado
OLÁ,
Imagem Blog

Poder SP - Por Sérgio Quintella

Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO
Sérgio Quintella é repórter de cidades e trabalha na Vejinha desde 2015

Justiça marca julgamento de médico Nabil Ghorayeb

Especialista em medicina esportista é acusado de atentado violento ao pudor contra pacientes, o que ele nega

Por Sérgio Quintella Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
18 mar 2022, 10h06
Nabil Ghorayeb aparece em imagem sorrindo, vestindo jaleco branco e gravata escura
Nabil Ghorayeb: julgamento marcado (Vivi Zanatta/Veja SP)
Continua após publicidade

A Justiça paulista marcou para o dia 29 de março o julgamento do médico Nabil Ghorayeb, um dos mais renomados especialistas em cardiologia voltada ao esporte do país, acusado de assediar sexualmente suas pacientes. Pelo menos sete mulheres relataram ao Ministério Público que foram vítimas do médico. Ele é réu por atentado violento ao pudor em processo que corre em segredo. O médico nega as acusações e diz que é inocente.

Em junho do ano passado, uma reportagem de Veja deu detalhes de como as pacientes eram assediadas. “Quando eu cheguei, ele me deu um beijo e um abraço super constrangedor, levantou a minha mão, me girou e disse: ‘Nossa, deixa eu ver tudo isso’”, conta a administradora de empresas Bárbara Leite, de 40 anos, a única que aceitou ter seu nome divulgado, referindo-se a um encontro ocorrido em 2018. Elogios impróprios podem ser enquadrados como crime de assédio, mas os relatos acusam o profissional de ter ido mais longe, o que inclui a molestação de uma menor de idade. D.F.P afirma que Ghorayeb lhe pediu para que se sentasse na maca e tirasse a camisa e o sutiã. “Na hora de me auscultar, ele me apalpou e disse: ‘Olha que seios lindos e durinhos’. Em seguida, perguntou se eu fazia algum esporte”, lembra sobre o episódio ocorrido, segundo ela, em 1991, quando tinha 16 anos”, mostrou a matéria.

Na resposta a Veja, o médico se diz inocente:  “São inverídicas, infundadas e descabidas as acusações a ele atribuídas” e que “não consegue entender a motivação de acusações caluniosas e difamatória sem apresentar nenhuma prova”. Afirma, ainda, que tem “mais de cinquenta anos dedicados à medicina, cujo resultado é o respeito dos seus pacientes, dos seus pares e a conquista de uma reputação ilibada”. Garante que nunca houve na sua trajetória situação semelhante na atividade profissional ou na vida pessoal e, por fim, anuncia “que medidas judiciais serão adotadas contra irresponsáveis declarações”.

No processo em curso, Ghorayeb não havia sido localizado para receber a intimação do julgamento até o último dia 3, o que não impediu o juiz de notificá-lo por edital. Ele deverá comparecer ao Fórum Criminal da Barra Funda no início da tarde, sob pena de ser julgado a revelia.

Publicidade