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Poder SP - Por Sérgio Quintella

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Sérgio Quintella é repórter de cidades e trabalha na Vejinha desde 2015

Justiça acata pedido da prefeitura para demolição do “caveirão”

Decisão ocorre após dono do edifício declarar à Vejinha não ter condições de promover a derrubada

Por Sérgio Quintella Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 22 fev 2025, 11h17 - Publicado em 22 fev 2025, 11h08
Vista aérea da região em que "Caveirão" foi erguido
Vista aérea da região em que "Caveirão" foi erguido (Alexandre Battibugli/Veja SP)
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Após décadas de abandonos, omissões, ações judiciais e invasões, o “caveirão“, edifício-garagem localizado no número 93 da Rua do Carmo, na Sé, poderá finalmente ter um fim digno.

Nesta semana, a juíza Maria Gabriella Pavlópoulos Spaolonzi, da 13° Vara da Fazenda Pública, acatou um pedido da prefeitura para que a gestão municipal faça a demolição do prédio e depois possa cobrar a conta de seu proprietário.

Ainda não há detalhes de como será feita a demolição da edificação, construída na década de 1970 e que nunca ficou pronta.

A solicitação da municipalidade ocorreu na ação movida para que o dono do espaço, o empresário Rivaldo Sant´anna, fosse o responsável pela demolição, mas ele alegou à Vejinha, em agosto do ano passado, não ter condições de bancar a empreitada.

“Não vou demolir, pois não posso gastar 2 milhões de reais para derrubar o prédio (valor estimado por ele) e depois ainda ter que pagar mais de 10 milhões de reais em multas que a prefeitura continua me enviando”, afirmou Sant’anna, conhecido no pedaço como Ricco, sobre encargos pela má conservação do prédio e consequente risco à população.

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O proprietário do edifício: Rivaldo (Alexandre Battibugli/Veja SP)

“Sei que estou descumprindo a determinação da Justiça, mas estou tentando, em vão, a anulação das multas. Se anularem, começo a demolição imediatamente”, afirma Ricco, que não fez nenhum pedido formal à gestão municipal para o cancelamento dos débitos.

Além da dívida com autuações municipais, há ainda um montante de cerca de 2 milhões de reais referentes a cotas de IPTU em atraso.

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Na ocasião da declaração de Ricco, a reportagem esteve mais uma vez no “caveirão”. A primeira vez havia sido em 2020. Assim como há cinco anos, logo na entrada, a parede de concerto foi derrubada para servir de acesso ao térreo. Ali, entre toneladas de lixo e escombros, há ampolas de cocaína, marcas de fogo e muitos móveis jogados pelos cantos.

Nos andares de cima, cujo único acesso se dá por meio de escadas móveis de madeira, o cenário se repete: lixo, entulho e sinais de consumo de entorpecentes.

Vista do edifício
Vista do edifício (Alexandre Battibugli/Veja SP)
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Nos seis primeiros pavimentos do edifício há indícios da presença recente de invasores, que podem estar fazendo uso pontual ou contínuo das instalações. “Vou mandar fechar a entrada novamente hoje, mas se você voltar amanhã, estará tudo derrubado de novo. Assim tem sido desde que comprei o prédio”, diz Ricco.

A ideia original do empresário, que adquiriu o prédio em 2012 por cerca de 2 milhões de reais, era construir oito andares de garagem e transformar os demais dezesseis pavimentos em salas comerciais. Sem conseguir da prefeitura o alvará para a obra — que poderia comprometer toda a estrutura — a empreitada não foi adiante.

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