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Poder SP - Por Sérgio Quintella

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Sérgio Quintella é repórter de cidades e trabalha na Vejinha desde 2015

Da ponta à perda, Russomanno acumula três derrotas seguidas

Desta vez, aproximação com Bolsonaro não impediu novo revés do deputado e apresentador da TV Record

Por Sérgio Quintella Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 16 nov 2020, 00h41 - Publicado em 16 nov 2020, 00h11
Celso Russomanno
Russomanno e Bolsonaro: parceria derrotada na urnas (Reprodução Instagram/Veja SP)
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A exemplo das eleições municipais de 2012 e 2016, o deputado federal e apresentador de TV Celso Russomanno (Republicanos), 64, largou este ano na frente na corrida pelas intenções de voto para a prefeitura, mas saiu mais uma vez derrotado. Parlamentar de sexto mandato, ele não conseguiu transformar a popularidade do seu quadro na TV Record em votos para o Executivo (em 2014, por exemplo, foi o deputado federal mais votado do país, com 1,5 milhão de votos). Terminou a votação em quarto lugar _com 99,92% das urnas apuradas, estava com 10,50%.

Uma semana antes do pleito deste domingo (15), Russomanno conversou com Vejinha e creditou os reveses passados na cidade à alta exposição e aos ataques dos adversários. “Sou o mais atacado de todos. A quantidade de fake news contra mim é absurda. Temos conseguido derrubar algumas, mas é humanamente impossível cercar tudo. Outra questão é que minha campanha é a mais humilde de todas. Fechei a última parcial em 1 milhão de reais. O Boulos, por exemplo, tem muito mais. O Bruno (Covas) já gastou 16 milhões de reais.”

Se nas duas campanhas anteriores sua queda se deu em partes pela boca, desta vez a derrocada nas pesquisas ocorreu após a entrada do presidente Jair Bolsonaro no pleito municipal. Antes de o mandatário federal gravar apoio ao político paulistano, a campanha do Republicanos aparecia na frente, com 27% das intenções de voto e com seis pontos de vantagem sobre Bruno Covas, apesar da tendência de queda. “É importante estar alinhado com o presidente da República. Aliás, o único aqui em São Paulo alinhado com o Bolsonaro sou eu. Assumi a responsabilidade de trazê-lo e sei que ele trará votos e rejeição. Preferi fazer assim a esconder o pai de todos, o Doria, como fez o Bruno Covas”, afirma, sem se arrepender da aproximação.

Escaldado com declarações no passado que colaram negativamente à sua imagem, Russomanno sinalizou este ano para os motoristas de Uber. Há quatro anos, uma fala segundo a qual o aplicativo era ilegal, foi o começo do fim de sua empreitada rumo ao Edifício Matarazzo. A pá de cal veio quando apareceram os primeiros débitos milionários (de aluguel a rescisões trabalhistas) de um restaurante do qual era sócio, em Brasília. Quatro anos antes, uma ideia de cobrar passagem de ônibus por quilômetro rodado lhe carimbou na testa um aumento de passagem para os moradores da periferia, os historicamente mais prejudicados com a qualidade do transporte.

Casado, pai de três filhos e avô de dois netos, Celso Russomanno precisou este ano responder a débitos de sua filha e seu genro, acusados de promover pirâmides financeiras.

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