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Reencontro: Caetano Veloso e Tom Zé cantam juntos no domingo

Dois dos mais geniais compositores da música popular brasileira, os baianos Caetano Veloso e Tom Zé estrearam juntos no fim da década de 60 – ao lado de Gilberto Gil, Gal Gosta e Maria Bethânia. Mas as trajetórias seguiram direção opostas e rusgas marcaram a relação entre eles. A história é conhecida: enquanto o grupo […]

Por Leonam Bernardo
Atualizado em 26 fev 2017, 23h59 - Publicado em 13 dez 2013, 13h14
tom zé e caetano
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tom zé e caetano

Caetano Veloso e Tom Zé: eles cantam “2001” no Parque Ibirapuera (Fotos: Divulgação)

Dois dos mais geniais compositores da música popular brasileira, os baianos Caetano Veloso e Tom Zé estrearam juntos no fim da década de 60 – ao lado de Gilberto Gil, Gal Gosta e Maria Bethânia. Mas as trajetórias seguiram direção opostas e rusgas marcaram a relação entre eles. A história é conhecida: enquanto o grupo de Caetano ganhava fama como os inventores do tropicalismo, Tom Zé caía no ostracismo e o seu nome deixava de ser mencionado. Depois que voltou aos holofotes com a ajuda de David Byrne, na década de 90, não houve uma reaproximação.

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Caetano Veloso chegou a elogiar o disco Estudando a Bossa, lançado pelo conterrâneo em 2008. Naquela altura, escreveu: “Muito legal. Muito ele mesmo. Quando li que se chamava ‘estudando a bossa’, ri, gostei do tom de trilogia com os outros dois ‘estudandos’, e fiquei curiosíssimo para ver como é que ele ia tratar musicalmente o assunto. Diferentemente de mim, de Gil, de Gal e da torcida do Bahia, Tom Zé nunca foi um bossanovista”. O baiano de Irará, contudo, não amoleceu. Chegou a xingar Caê durante um show e escreveu em seu blog: “[…] não posso mais voltar para o colo do grupo baiano. Você sabe que seus braços são preciosos e irresistíveis, mas não posso ir comemorar neles este disco, nem com você”.

Ponto.

Nos últimos anos, os dois se aproximaram da nova geração de artistas do país. Em algum momento, um encontro seria inevitável. E esse momento será domingo (15) na plateia externa do Auditório Ibirapuera. Na ocasião, a partir das 16h, ocorre o show gratuito Cidadania nas Ruas, que  encerra o Festival de Direitos Humanos. A ideia é a seguinte,  Caetano Veloso, Tom Zé e Baby do Brasil sobem ao palco como convidados de Emicida, Rael, Tulipa Ruiz e Marcia Castro.

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Rael e Emicida: ao lado de Caetano, mostram O Hip Hop É Foda (Foto: Divulgação)

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Após uma abertura da cantora Ellen Oléria ao lado da rapper Flora Matos, a apresentação, que tem direção musical Marcos “Xuxa” Levy, separa momentos especiais. Na companhia de Baby do Brasil, Tulipa Ruiz interpreta Sem Pecado e Sem Juízo. Marcia Castro e Tom Zé preparam um dueto de Augusta, Angélica e Consolação. Caetano Veloso e Emicida repetem o medley que fizeram, em setembro, no prêmio Multishow. É um recorte de Tropicália, Haiti, Abraçaço,A Bossa Nova É Foda e O Hip Hop É Foda. Autor desta última, Rael reforça a parceria no palco.

Apesar de todos os encontros  serem preciosos, o momento histórico será o de Caetano Veloso com Tom Zé. Juntos, eles escolheram cantar 2001. Trata-se de uma parceria de Tom Zé com Rita Lee que foi apresentada pelos Mutantes, em 1968, na quarta edição do Festival da TV Record. Naquele ano, Tom Zé venceu com São, São Paulo Meu Amor e 2001 ficou na quarta colocação pelo júri especial.

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