O Papa Francisco disse nesta quarta (26), no Vaticano, que os brasileiros “não têm salvação. É muita cachaça e nenhuma oração”. Quem sou eu para discordar do pontífice? Só queria lembrá-lo, porém, que o país tem outra bebida predileta. Ainda que a pinga seja nosso patrimônio maior, a cerveja é a queridinha.
E não sou eu quem está afirmando. São os números. No ano passado, cerveja foi em disparada a bebida alcoólica com maior volume de vendas em território nacional: 13,3 bilhões de litros. É seguida, aí sim, pela cachaça, com 398,8 milhões de litros, um valor muuuito aquém. O vinho vem sem seguida, com 380 milhões de litros. Os dados são da Euromonitor International, que apontou o maior montante de cerveja comercializada por aqui desde quando sediamos a Copa do Mundo, em 2014.
A fala do Papa Francisco viralizou em um vídeo nas redes sociais. Tudo rolou quando o padre brasileiro João Paulo Souto Vitor, que está em Roma para um mestrado, acabou topando com o líder católico nesta quarta (26) e pediu a bênção a nós, seus conterrâneos. A resposta do papa, em tom de brincadeira, foi a pérola (divertidíssima, confesso).
Papa Francisco: "Brasileiros não têm salvação, é muita cachaça". ➡️Vaticano, fim da audiência geral de hoje, pede o Pe João Paulo, de Campina Grande(PB): "Santo Padre, reze por nós, brasileiros". Sorrindo, diz o Papa: "Vocês não têm salvação. É muita cachaça e pouca oração"⬇️ pic.twitter.com/6xHLN74SVG
— Vera Martins em 🏠 (@veramartins) May 26, 2021
O resultado das pesquisas não é surpresa alguma. A cerveja, principalmente a amarelinha que tomamos em qualquer boteco, é leve, refrescante, com alta drinkability. Isso significa que você consegue tomar bastaaante, afinal, o teor alcoólico, em geral, é baixo, em torno de 5%. Já a cachaça costuma ter por volta de 40% de teor alcoólico. É, como diz o apelido, marvada mesmo.
Se é bom tomar cerveja com moderação, cachaça ainda mais. Será que o papa gosta de uma dose? E de caipirinha?
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