O guia COMER & BEBER foi pioneiro em premiar os bartenders na capital paulista. Desde 2000, passou a destacar esses profissionais que mandam bem não só na arte de compor ótimas misturas etílicas como na de receber bem.
Na premiação de 2021, o trio de finalistas na categoria é inédito, formado por Gabriel Santana (Santana Bar), Lula Mascella (Picco) e Michelly Rossi (Bar dos Arcos). Quem será que vai ganhar? Na quinta (21), a gente vai divulgar no YouTube da Vejinha o nome do ou da bartender!
Enquanto isso, veja abaixo quem são os onze profissionais que já levaram o troféu, nos últimos vinte anos. Estão dispostos em ordem cronológica.
Souza (2000, 2003, 2005, 2006, 2007, 2008)
O piauense Deusdete Neres de Souza foi o primeiro barman do ano, em 2000, quando dava expediente no bar-restaurante Bistrô, no centro, onde era pupilo de Derivan de Souza. Voltou ao topo do pódio em 2003, quando estava no Hampton, um bar em estilo inglês que antecedia o restaurante de mesmo nome no Itaim Bibi. No Veloso, onde se especializou em caipirinhas, levou o título em 2005, 2006, 2007 e 2008. Haja limão e cachaça!
Celio de Freitas (2001, 2002)
Francisco Celio Alves de Freitas, o Celio, nasceu no Ceará. Em São Paulo, rodou por diferentes casas do Grupo Fasano até se estabelecer no Baretto, onde recebeu o troféu em 2001 e 2002 por seus dry martinis e outros que tais. Foi gerente da unidade de Brasília do restaurante Gero, do mesmo grupo, que fechou no ano passado.
Derivan Ferreira de Souza (2004)
Um dos mais experientes profissionais do ramo (leia aqui a entrevista que fiz com ele em 2019), o bartender baiano foi premiado em 2004 pelo trabalho no extinto Tanoeiro, no Brooklin, onde servia clássicos a uma clientela madura. Passou, ainda, por outras casas, como o extinto Numero, no Jardim Paulista, e o bar de jazz Blue Note, na Avenida Paulista. É um dos criadores do concurso Concurso Nacional de Rabo de Galo, do qual já fui jurado.
Pereira (2009)
O cearense Lucivaldo Pereira da Silva, o Pereira, foi o barman do ano em 2009 por seu trabalho no duo Astor/SubAstor. Desde 2001, ele dá expediente no Astor da Vila Madalena e, por um período, tomou conta também do bar de alta coquetelaria do subsolo. Até hoje, Pereira atende a clientes das antigas, que fazem questão de tomar clássicos como o manhattan feitos diretamente por ele.
Marcelo Serrano (2010, 2011)
O bartender arrasava no balcão do ótimo MyNY Bar (2009-2013) e, por isso, levou o prêmio nos anos de 2010 e 2011. Foi ali, aliás, que criou sua própria versão do moscow mule, com espuma de gengibre, receita que ganhou o país inteiro. Serrano passou um bom período no comando do extinto Brasserie des Arts, nos Jardins. Até setembro, foi o responsável pela carta do G&T Gin Bar, na Rua Oscar Freire e acaba de lançar uma espuma de gengibre pronta no mercado.
Spencer Amereno Jr. (2012, 2014, 2016)
Por três dos bares pelos quais passou, o paulistano foi premiado. Em 2012, ganhou o título pelo trabalho no MyNY Bar, onde substituiu Marcelo Serrano. Em 2014, foi reconhecido pelo ofício no pequeno Isola, no Shopping JK Iguatemi. Em 2016, foi a vez de levar o troféu enquanto dava expediente no Frank, no hotel Maksoud Plaza. Atualmente, Spencer cuida do balcão do Guilhotina Bar, em Pinheiros, e de um novo bar que funciona lá dentro, dedicado aos coquetéis autorais.
Fabio La Pietra (2013)
Recém-chegado a São Paulo, o bartender italiano já mandava muuuito bem no SubAstor, com uma atrevida lista de coquetéis. É por isso que foi premiado em 2013. Em 2016, deixou a casa, para tocar o extinto Peppino Bar, no Itaim Bibi. Retornou ao Sub no ano seguinte. Hoje, embora não dê expediente no dia a dia, La Pietra é o responsável pela bem montada carta do bar, assim como as de outros negócios da Cia. Tradicional de Comércio.
Kennedy Nascimento (2015)
Prodígio nas coqueteleiras e ex-pupilo de Spencer Amereno Jr., ele levou o troféu em 2015, quanto era responsável por bares do Grupo Vegas, entre eles o Riviera Bar, que está para reabrir. Foi o profissional mais jovem receber o título do COMER & BEBER — tinha 22 anos à época. Hoje, trabalha para marcas de bebida da Diageo. A carta do novo Infini, no centro, foi criada por ele.
Márcio Silva (2017, 2019)
Criativo e com muito conhecimento do mercado nacional e internacional, Márcio Silva começou a chamar a atenção no SubAstor, em 2009. Mas foi no Guilhotina, em Pinheiros, que estourou. Pelo trabalho na casa, levou em 2017 e 2019 dois prêmios de bartender do ano. Em 2020, a sociedade desandou e Silva deixou o estabelecimento. Atualmente, além de seguir viajando pelo mundo, cuida muito bem da carta do Locale Caffè, no Itaim Bibi.
Ale D’Agostino (2018)
O paulistano levou o título em 2018, mesmo ano em que seu bar, o Apothek (que funcionou até 2020) foi premiado pelo COMER & BEBER. Por quase dezoito anos, Ale havia trabalhado atrás do balcão do restaurante Spot, feito raro para um profissional do ramo. Atualmente, dedica-se à fábrica de bebidas APTK SPRITS.
Jean Ponce (2020)
Entusiasta da coquetelaria nacional, o bartender paulistano chamou a atenção do público quando dava expediente no renomado D.O.M., do chef Alex Atala. Mas é no próprio bar, o Guarita, em Pinheiros, onde se sente bem à vontade para criar junto da equipe. Por esse trabalho, levou o título em 2020.
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