Tive bons momentos no Dante, ótimo bar para não perder de vista quando se está em Nova York. Ali tomei bons clássicos e variações. Não sai da minha memória o excelente negroni bianco que provei numa tarde de outubro.
Fundado em 1915 como Caffe Dante, o espaço é quase uma instituição no Greenwich Village. Em 2015, ganhou vida nova e mais cara de bar com a chegada de novos donos. De lá para cá, alcançou altos postos na lista The World’s 50 Best Bars — é o 9º do mundo –, foi considerado o melhor bar da cidade pela Time Out, em 2018, e também teve o negroni celebrado como o número 1 da metrópole pela New York.
Para quem quer ter um gostinho do Dante sem pegar o avião, o bar de Manhattan vai ganhar uma espécie de filial na Vila Madalena, em São Paulo. Funcionará por quatro dias no Astor, de sábado (15) a terça (18).
No período, serão servidos onze coquetéis especiais. Uma das pedidas é o chocolate negroni (34 reais), que leva gim, Campari, vermute tinto, licor de cacau e bitters de chocolate, presente na lista de drinques que o Dante serve normalmente.
Entre os coquetéis especiais para a sucursal temporária, aparece o mambo italiano (30 reais), uma mistura de cachaça, limoncello, amaretto, maracujá, goiaba e cerveja. Quem vai preparar é Naren Young, sócio do Dante, com um bartender da matriz.
A invasão, chamada de Dante meets Astor, rola no sábado (15) das 18h às 22h, no domingo (16) das 12h às 16h, na segunda (17) das 18h às 22h e na terça (18), no mesmo horário. O Astor fica na Rua Delfina, 163, Vila Madalena.
UMA TARDE DE APERITIVOS
O Dante foi um dos poucos bares que visitei à tarde em minha última visita à Nova York, em outubro. Era sexta-feira, fazia sol, e o dia convidava para uma ida ao parque. Mas minha missão era etílica.
Somente das 15h às 18h, entra em vigor o menu Negroni Seasons, repleto de aperitivos como negroni e spritz e suas variações. Saem a 10 dólares cada um, uma pechincha em se tratando de Nova York (melhor não converter, tá?).
O lugar estava cheio por volta das 16h. Mas, sorte a minha, consegui um lugar no balcão. O espaço é uma graça, vintage, com jeito de café antigo. Uma bandinha de bluegrass tocava com animação num canto. Rolou até uma versão de Garota de Ipanema. Tive a certeza, nesse instante, de que estava na gringa.
Cheguei já perguntando ao simpático bartender qual era o drinque mais popular. Ele sugeriu o negroni bianco, que eu já havia namorado no balcão — era lindo, enfeitado com umas florzinhas, que causaram cócegas no meu nariz. A mistura estava impecável, com um ótimo balanço entre gim, vermute branco e aperitivo de vinho.
Dos drinques mais diferentões, pedi o unlikely negroni, com tequila, Campari, banana, xarope avinagrado de abacaxi e toque de pimenta. É para quem curte bebidas mais doces. Terminei com um míni dry martini, cinco dolarzinhos para uma dose de alegria. Quero voltar.
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