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Notas Etílicas - Por Saulo Yassuda

Por Saulo Yassuda Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO
O jornalista Saulo Yassuda cobre cultura e gastronomia. Faz críticas de bares na Vejinha há dez anos. Dá pitacos sobre vinhos, destilados e outros assuntos

Bar dos Cravos é novidade boêmia no Paraíso

O endereço tem entre os sócios Arnaldo Altman, um dos fundadores de bares de sucesso da Vila Madalena, como Filial e Genésio

Por Cintia Oliveira
Atualizado em 12 Maio 2023, 09h28 - Publicado em 12 Maio 2023, 06h00
Cinco homens brancos encostados em uma escada no meio do salão de um bar.
Os sócios: investimento de 2 milhões de reais (Gustavo Mendes/Divulgação)
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Desde que inaugurou o Clube do Choro, o primeiro bar com seus três irmãos, em Pinheiros, em 1980, Arnaldo Altman deixou seu nome marcado na noite paulistana. De lá para cá, vieram outros endereços de sucesso montados por eles, como o Filial (vendido ao grupo Fábrica de Bares) e o extinto Genésio. Embora tenha se mantido por décadas na Vila Madalena, Altman escolheu uma rua pacata do Paraíso para o Bar dos Cravos, com abertura para o público marcada para esta sexta (12).

O nome faz referência à Revolução dos Cravos, que pôs fim à ditadura salazarista em Portugal em 25 de abril de 1974. “A ideia é usar a revolução como um símbolo desse momento, em que retomamos a liberdade e a democracia no Brasil”, afirma o empresário.

Com investimento de 2 milhões de reais, o bar é uma sociedade de Altman com o filho, o designer André Altman, mais o advogado Iagui Bastos, o cineasta Paulo Colares e o administrador Bruno Oliveira. Instalado em um imóvel de 300 metros quadrados de clima acolhedor, o espaço divide-se em dois pavimentos. No térreo, onde há um jardim coberto por um pergolado de vidro, um amplo balcão ganha destaque. E tem o mezanino, com cinquenta lugares, de onde se avista o salão.

Seis homens brancos e uma mulher branca sentados no balcão de um bar olhando para a foto.
O chef Guto Cavanha (de camisa preta no centro) e a bartender Stephanie Marinkovic: negócio com Arnaldo e André Altman, Iagui Bastos, Paulo Colares e Bruno Oliveira (Gustavo Mendes/Divulgação)

Diferente de outros endereços criados por Altman nos quais o chope era a atração, na nova casa a sensação deve ser a carta de drinques criada pela bartender e consultora Stephanie Marinkovic — a profissional despontou no comando do extinto Espaço 13, melhor bar bom e barato de VEJA SÃO PAULO COMER & BEBER 2021.

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“Tenho a coquetelaria clássica como inspiração, mas utilizo técnicas de cozinha e confeitaria nos meus drinques”, explica ela. Uma de suas sugestões é o coquetel e depois do adeus, com jerez fino, Carpano branco e dry, mel, camomila, baunilha, óleo de gergelim e tuille de mel (R$ 42,00).

Drinque alaranjado sobre bancada de madeira em taça de haste fina.
E depois do adeus: drinque criado por Stephanie Marinkovic (Gustavo Mendes/Divulgação)

Comandada por Guto Cavanha, a cozinha tem receitas como o camarão ao alho e pimenta-malagueta e o polvo tostado com palmito pupunha e purê de limão. “As estrelas são os coquetéis, mas a ideia é, junto com a comida, oferecer uma experiência completa”, diz o chef.

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Com o Bar dos Cravos, Altman pretende resgatar a atmosfera de boemia, uma marca registrada dos lugares criados por ele. “Afinal, a mesa de bar é o ponto de encontro para conversar sobre política, cultura, música e os assuntos mais triviais”, defende ele.

Publicado em VEJA São Paulo de 17 de maio de 2023, edição nº 2941.

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