A Cervejaria Ideal surgiu em 2014, numa época em que bares como esse, dedicados aos chopes especiais, começavam a pipocar por São Paulo — hoje, eles existem aos montes. Na segunda, 9, o proprietário, o alemão Steffen Ohnemüller, anunciou que vai fechar a casa, que fica na Rua Ministro Ferreira Alves, 203, Perdizes.
Nesses últimos dias de funcionamento, tudo — chopes, cervejas e petiscos — sai com 30% de desconto, para zerar o estoque. Não há data exata para o último dia de operação, mas deve ser ainda nesta semana. “Estamos ‘desovando’ o estoque. Acho que será sexta”, me disse o empresário.
O movimento não andava forte nos últimos meses. “O povo não sai mais durante a semana”, lamenta Ohnemüller. “Melhor puxar o freio”, conclui. Em 2015, nos tempos áureos da casa, a Cervejaria Ideal venceu a categoria Chope no especial COMER & BEBER (leia o texto abaixo).
Leia o comunicado publicado pelo proprietário Steffen Ohnemüller:
Amigos, este país “maravilhoso” conseguiu deixar mais uma vítima.
Com muita tristeza e um pouco de raiva tenho que comunicar que a Cervejaria Ideal vai encerrar as atividades no fim de semana que vem. Não é fácil empreender nas condições que o Brasil oferece hoje em dia.
Durante esta semana vamos vender o nosso estoque (bebidas e comidas) COM 30% DE DESCONTO.
Gostaria de convidar todo mundo para se despedir da gente e da nossa casa com estilo e tomar umas juntos.
Agradecemos os nossos clientes de coração pela fidelidade e pelo carinho que recebemos ao longo de 5 anos.
Até logo…e PROST !!
Leia o texto publicado no guia COMER & BEBER 2015/2016, quando a Cervejaria Ideal foi premiada:
A choperia se dá ao luxo de não ter cardápio fixo. Suas torneiras, doze no total, brincam de esconde-esconde e sempre expedem um tipo diferente da bebida. Muito provavelmente você não encontrará algumas das marcas no dia de sua visita, mas dá para consultar a lista nas redes sociais. O que não muda são os estilos. Cada bico é dedicado a um (ou alguns) deles. O de número 7, por exemplo, derrama só os amarguinhos india pale ale. Por ele já passaram barris da curitibana Bier Hoff, da paulista Suméria, da catarinense Schornstein… Todas nacionais, percebeu? Anos atrás, essa variedade brasuca era impensável. Hoje, com a tal da revolução cervejeira, dá para priorizar a produção local. Por isso, a casa consegue oferecer lançamentos e rótulos sazonais. E, como os tonéis ficam na câmara fria e a rotatividade é alta, a bebida está sempre fresquinha. Dá vontade de tomar mais e mais
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