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Peça de Augusto Boal relembra traumas da ditadura

'Murro em Ponta de Faca' acompanha três casais no exílio e está em cartaz no Teatro de Arena

Por Laura Pereira Lima
12 abr 2024, 06h00
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cena da peça, que é inspirada nas vivências de Augusto Boal (Ray/Divulgação)
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No mês que marca os sessenta anos do golpe militar de 1964, o Grupo Pedra Livre encena Murro em Ponta de Faca, peça escrita pelo dramaturgo carioca Augusto Boal (1931-2009) em 1974, inspirada nas próprias experiências do autor. Pela primeira vez, o texto é montado no Teatro de Arena, onde Boal dirigiu produções de 1956 a 1970.

No drama, três casais de classes sociais distintas têm a vida interrompida pelo autoritarismo e são forçados ao exílio. A cenografia segue a recomendação de Boal, que determinou em uma rubrica que no palco deveria haver somente atores e malas. O espetáculo tem um poema de Torquato Neto musicado por Alex Huszar, que também assina uma paródia de O Funeral de um Labrador, poema que virou música por Chico Buarque, compositor da trilha sonora da montagem original. A direção é de Kiko Marques (100min). 12 anos.

Teatro de Arena Eugênio Kusnet. Rua Doutor Teodoro Baima, 94, centro, ☎ 3259- 6409. ♿ Sex., 20h. Sáb. e dom., 19h. R$ 40,00. Até 28/4.

Publicado em VEJA São Paulo de 12 de abril de 2024, edição nº 2888.

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