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Medeia ganha destaque político em versão da tragédia grega

Peça 'Memórias do Mar Aberto: Medeia Conta Sua História' foi escrita por Cosuelo de Castro e está em cartaz no Teatro Paiol Cultural

Por Júlia Rodrigues
Atualizado em 27 fev 2024, 18h32 - Publicado em 23 fev 2024, 06h00
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  • O Teatro Paiol Cultural foi aberto em 1969 com À Flor da Pele, texto da dramaturga mineira Consuelo de Castro (1946-2016). Agora, oito anos após a morte da autora, a sala de espetáculos, que foi reaberta há pouco mais de um ano, recebe mais uma peça sua, Memórias do Mar Aberto: Medeia Conta Sua História, escrita em 1997. O espetáculo é uma versão de Medeia, tragédia do grego Eurípedes que narra a vingança de uma mulher após a infidelidade do marido.

    Nesta montagem, dirigida por Reginaldo Nascimento, a personagem (interpretada por Roberta Collet) ganha maior destaque pelos seus ideais políticos: é ela quem lidera a expedição dos Argonautas para a Cólquida no lugar do esposo, Jasão (Felipe Oliveira). Na mitologia, os marinheiros acompanham o herói ao território, localizado na atual Geórgia, para obter o Velocino de Ouro, artefato vindo dos deuses que atraía prosperidade. Em cena, Medeia relembra as várias traições de Jasão, que se casou com a filha de Creonte (Haroldo Bianchi), rei de Corinto, e dos outros homens presentes em sua vida. Completam o elenco Joca Sanches e Rodrigo Ladeira (90min). 14 anos.

    Teatro Paiol Cultural. Rua Amaral Gurgel, 164, Vila Buarque,☎2364-5671. ♿ Sáb., 20h. Dom., 19h. R$ 60,00. Até 24/3. teatropaiolcultural.com.

    Publicado em VEJA São Paulo de 23 de fevereiro de 2024, edição nº 2881

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