Um encontro hipotético entre o Papa Francisco e São Francisco de Assis na lavanderia do Vaticano, criada em 2017 para servir à população em situação de rua, inicia Entre Franciscos, o Santo e o Papa, que estreia nesta sexta (10) no Teatro Sérgio Cardoso.
Na montagem escrita por Gabriel Chalita e com direção de Fernando Philbert, o santo que viveu no século XIII (interpretado por Cesar Mello) viaja no tempo até os dias atuais. “É fundamental ter um corpo negro no papel de São Francisco, porque traz o espetáculo para 2024”, defende o ator, que canta músicas em português e em iorubá na peça.
A partir das figuras religiosas, o espetáculo trata de temas como a pobreza e a crise climática de uma perspectiva filosófica, não catequista, e promete deixar uma mensagem de esperança. “São Francisco é um ícone que vai muito além do cristianismo”, diz Mello sobre o santo conhecido por ter uma forte relação com a natureza e os animais.
Oespetáculo também marca o retorno de Paulo Gorgulho após dez anos longe dos palcos. “O papa é uma figura que sempre se posiciona, é um personagem fascinante de se interpretar”, acredita o ator sobre seu papel. “O palco é um lugar muito sagrado e exige um trabalho árduo.” (70min). Livre.
Teatro Sérgio Cardoso. Rua Rui Barbosa, 153, Bela Vista, ☎ 3882-8080. → Sex. a dom., 18h. R$ 80,00. Até 30/6.
Publicado em VEJA São Paulo de 10 de maio de 2024, edição nº 2892.