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Dani Barros: trabalho transformador em Estamira – Beira do Mundo

Dani Barros havia chamado mais atenção pela expressiva caracterização de uma galinha na comédia “Maria do Caritó”, protagonizada por Lilia Cabral.

Por Dirceu Alves Jr.
Atualizado em 27 fev 2017, 12h20 - Publicado em 10 jul 2012, 19h26
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Dani Barros no monólogo sobre a catadora de lixo Estamira Gomes de Sousa (Foto: Felipe Araújo Lima)

Pouco se falava da atriz carioca Dani Barros até novembro passado. Com uma extensa carreira no grupo Doutores da Alegria e raras pontas na tevê, ela havia chamado mais atenção pela expressiva caracterização de uma galinha na comédia “Maria do Caritó”, protagonizada por Lilia Cabral. Depois da estreia de “Estamira – Beira do Mundo”, porém, a artista de 39 anos passou a ser alvo de merecida atenção. No monólogo dramático escrito ao lado da diretora Beatriz Sayad, Dani esbanja técnica e energia a serviço de um trabalho transformador. Para si e para o público.

Vencedora do Prêmio Shell carioca em março, a atriz recria com entrega ímpar a personagem apresentada ao público no documentário lançado pelo cineasta Marcos Prado em 2005. Doente mental crônica, a catadora de lixo Estamira Gomes de Sousa (1941-2011) passou boa parte da vida no Aterro Sanitário do Jardim Gramacho, em Duque de Caxias (RJ) e tinha uma percepção devastadora dos fatos. Em meio ao irrepreensível desempenho, Dani ainda evoca outra história delicada – a de sua mãe esquizofrênica – e faz do espectador um cúmplice emocionado do sincero desabafo. Quem for ao Sesc Pompeia até o dia 29 terá a chance de ver um trabalho de interpretação que surge de tempos em tempos e marca uma linha divisória na trajetória de uma atriz.

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