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Peça itinerante sobre busca de filha trans pela identidade da mãe ocupa CCSP

Texto inédito de Mica Ella Cimet estreia neste sábado (1°). Narrativa se desenrola a partir do pensamento de Diva, em três países, Brasil, México e Ucrânia

Por Júlia Rodrigues
1 jul 2022, 06h00
Luciana Schwinden e Bruli Maria: mãe e filha. Duas atrizes brancas, uma ruiva e outra morena, se abraçam envolvidas por um voal
Luciana Schwinden e Bruli Maria: mãe e filha (Vitor Monteiro/Divulgação)
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Uma narrativa que atravessa quase 100 anos e tem passagens em três países: Brasil, México e Ucrânia. Assim é A Mãe Morta, peça de Mica Ella Cimet que, de forma itinerante, ocupa espaços diferentes do Centro Cultural São Paulo. De maneira não linear, a condução do enredo acontece pelas memórias de Diva (Bruli Maria), filha transexual de Paloma (Luciana Schwinden), professora judia que, devido a valores de sua criação, nunca entendeu a condição de gênero da garota.

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Quando a matriarca morre, Diva e os quatro irmãos se reencontram e mergulham na trama das relações da família, que veio fugida da Ucrânia em 1930. É aí que Diva inicia uma busca pessoal pela identidade da mãe, que sempre foi distante dos filhos, embora amorosa com os alunos. A história de traços autobiográficos toca em temas como racismo e antissemitismo, além da transfobia. No cenário e nos adereços, véus intensificam a atmosfera onírica e, na trilha, cantigas judaicas buscam promover os estados de alegria. A direção é de Beatriz Miranda. (90min). 16 anos.

Centro Cultural São Paulo. Rua Vergueiro, 1000, Paraíso, ☎ 3397-4002. Sex. e sáb., 21h. Dom., 20h. R$ 40,00 (pessoas trans têm entrada gratuita). Até 24/7. centrocultural.sp.gov.br.

+Assine a Vejinha a partir de 9,90. 

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Publicado em VEJA São Paulo de 6 de julho de 2022, edição nº 2796

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