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Randômicas

Por Juliene Moretti Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO
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Lollapalooza: expectativa X realidade do primeiro dia

Sai ano, entra ano, a gente sempre pensa em desistir do Lollapalooza. Só de lembrar dos perrengues, é bem provável que muitos desanimem no meio do caminho. + Não vá ao Lolla sem ler estes 7 avisos antes Mas essa sensação passa rápido e a acaba comprando o ingresso — e curtindo muito a folia. Com tantas bandas […]

Por Juliene Moretti Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 26 fev 2017, 12h53 - Publicado em 13 mar 2016, 15h36
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Início da noite de sábado (12): luzes coloridas (Foto: Edson Lopes Jr./VEJA.com)

Sai ano, entra ano, a gente sempre pensa em desistir do Lollapalooza. Só de lembrar dos perrengues, é bem provável que muitos desanimem no meio do caminho.

+ Não vá ao Lolla sem ler estes 7 avisos antes

Mas essa sensação passa rápido e a acaba comprando o ingresso — e curtindo muito a folia. Com tantas bandas boas juntas no mesmo espaço, fica difícil alguém sair emburrado.

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Assim como em todo grande evento, a expectativa estava alta. Mas será que ela foi correspondida pela realidade? Listamos o que rolou de verdade:

SHOWS

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Supercombo (Foto: Reprodução/Instagram)

Supercombo

Expectativa
A banda brasileira tem conseguido bastante espaço nas rádios e se tornou uma das revelações roqueiras dos últimos tempos. Como um dos primeiros shows, era provável que eles enfrentassem um público ainda apático.

Realidade
Por estarem no palco Axe, perto de onde a maioria das pessoas entra, a banda chegou a reunir público considerável, que estacionava por ali antes de seguir. Animados, eles receberam Negra Li no palco para uma participação especial. Ponto positivo para eles.

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Eagles Of Death Metal (Foto: Ivan Pacheco/VEJA.com)

Eagles of Death Metal

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Expectativa
Talvez um show mais melancólico. Em novembro passado, nos atentados em Paris, eram eles que estavam no palco do Bataclan quando aconteceu a tragédia. Com a faixa Save a Prayer tocando nas rádios, podia-se esperar aquele momento mais triste de lembrar os mortos da chacina.

Realidade
Quase uma comédia de stand-up, especialmente por causa do vocalista, Jesse Hughes. Cheio de piadas e arriscando passinhos toscos no meio de solos roqueiros, Hughes parecia muito confortável em brincar com a plateia. Disse, quase emocionado, o quanto amava o público. Fez questão de mostrar que conseguia ver a turma ali no gramado (em um momento, apontou para uma garota que usava tiara de chifrinhos e fez um elogio a ela).

+ Chapéus descolados são modinha no Lolla

Outro momento que levantou a galera foi um pequeno bate-papo ao perguntar se os meninos estavam protegendo as garotas de serem molestadas. “Obrigado, meninos, por cuidarem delas e não deixarem isso acontecer”, disse. Toda a banda estava em sintonia com este bom-humor. Um dos pontos altos do show foi a introdução e a música I Want you So Hard (Boy’s Bad News). Antes de começar, Hughes brincou com o guitarrista Dave Catching, dizendo que o cara falava mal de Hughes para uma garota, só porque estava apaixonado — por ele. “E agora nós dois vamos casar”, brincou. O outro foi realmente para a faixa Save a Prayer, com a plateia fazendo coro. Bom momento paras os fãs do rock. Para quem quiser curtir mais, os caras estarão no Cine Joia, nesta terça-feira, com a última Lolla Party.

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Mumford & Sons (Foto: Ricardo Matsukawa)

Mumford & Sons

Expectativa
Sendo a primeira vez da banda por aqui, era difícil saber o que poderia chegar. Definitivamente, eles eram a banda mais esperada do dia, a julgar pela quantidade de pessoas que uma hora antes do show começar, mesmo com Tame Impala no palco principal, já acampavam no gramado. Será que eles sabiam do tamanho do público deles por aqui?

Realidad
Os fãs se fizeram bem presentes, com gritos quase histérios (e não apenas da parte das garotas), e os hits cantados juntos. Os ingleses fizeram um show redondo, suficiente para mostrar o quanto são talentosos. Marcus Mumford mudava de instrumento musical constantemente, mostrando sintonia durante as movimentações no palco.

Um show bonito, com os sucessos Little Lion Man, Believe e I Will Wait causando êxtase nos espectadores. Momento divertido do show: Marcus convocou uma garota da plateia para traduzir a sua mensagem. “O Brasil é meu país favorito”, disse. Expectativas superadas.

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Marina and the Diamonds (Foto: Edson Lopes Jr./VEJA.com)

Marina and the Diamonds

Expectativa
Desta vez, que ela aparecesse de verdade, ao contrário do ano passado, quando cancelou o show horas antes de subir ao palco, alegando não ter conseguido embarcar para o país.

Realidade
Foi por muito pouco. O suspense durou quase meia-hora, tempo que a galesa demorou para entrar no palco. Parecia que a todo momento viria o anúncio de que ela não estaria ali. “Quem ela pensa que é?”, gritou uma jovem que aguardava. Até que, finalmente, habemus Marina! Ao entrar no palco, a moça arrancou aplausos e gritos, muitos gritos. Foi perdoada.

Com um visual fluorescente, ela trocou de roupa três vezes. E dividiu o show também em três partes: quatro músicas do primeiro álbum, Family Jewels, cinco do segundo, Electra Heart, e o último, Froot. Show bonito e segundo ela, um dos quais ela mais esperava fazer em sua carreira.

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Eminem (Foto: Ivan Pacheco)

Eminem

Expectativa
A escolha de Eminem para ser headliner do primeiro dia gerou dúvidas. Qual a relevância dele para o rock dos últimos anos? O que ele lançou? Ele ainda existe? O show era uma incógnita e por isso, o público não era tão grande quanto se espera de um headliner.

Realidade
Quem esperou para ver, se divertiu, definitivamente. Com uma apresentação energética, Eminem conseguiu cativar o público jovem, fãs das faixas feitas ao lado de Rihanna (Burn), com uma backing vocal no lugar da cantora, e o cover de B.o.B (Airplanes). Ganhou a turma mais velha com pout-pourri Stan/Sing for the Momente a divertida trilogia My Name Is/The Real Slim Shady/Without Me. Finalizou com a grandiosa Lose Yourself (e com a Fack, que foi quase uma brincadeira como público). Bom show, mas não o suficiente para encerrar o primeiro dia do festival.

ESTRUTURA

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Mesas de madeira na área de alimentação (Foto: Ricardo Matsukawa)

Chegada e saída

Expectativa

Entrada organizada, sem problemas para encontrar os portões e saída tranquila, especialmente para quem escolheu voltar de trem.

Realidade
Normalmente, voltar de trem é melhor opção. Desta vez, não: com um fluxo grande pessoas, o embarque estava confuso e afunilado em vários momentos do percurso. Foi preciso pelo menos uma hora para conseguir caminhar e entrar no trem. Se deu bem quem precisou comprar o bilhete para o trem: o acesso para estação para estes estava liberada. Quem foi de carro provavelmente se irritou com a quantidade de pessoas (e ambulantes) andando pela via.

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Área de descanso (Foto: Edson Lopes Jr./VEJA.com)

Cartões/dinheiro

Expectativa
Depois de cinco edições, já era sabido sobre a quantidade de pessoas que preferem usar o cartão em vez de dinheiro. Por isso, a expectativa era de encontrar mais caixas espalhados para diminuir a quantidade de fila. Diferente do ano passado, também se esperava que as máquinas de fato funcionem.

Realidade
Filas enormes para comprar fichas com cartão e sistemas intermitentes deram bastante dor de cabeça aos usuários. Ainda é preciso levar dinheiro para evitar confusão (e perder tempo). Na entrada próximo ao palco Axe, há caixas eletrônicos para sacar.

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(Foto: Edson Lopes Jr./VEJA.com)

Comidinhas

Expectativa
Sanduíches simples com preço nas alturas.

Realidade
Boas opções de comidinhas, tanto no Chef Stage quanto nos foodtrucks e nos bares do evento espalhados pelas pistas, foram uma atração à parte. Henrique Fogaça, Benny Novak e até mesmo o strogonof de Carlos Bertolazzi a preços não tão inflacionados mataram a fome dos mais exigentes. Quem não estava com tempo de parar no espaço destinado aos chefs conseguiu se alimentar muito bem com o capricado hotdog do evento mesmo a 12 reais.

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