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Randômicas

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Lollapalooza 2019 termina com show intenso e curto de Kendrick Lamar

Também impressionaram Greta Van Fleet e Twenty One Pilots

Por Juliene Moretti, Guilherme Queiroz e Matheus Prado
8 abr 2019, 09h53
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  • O terceiro e último dia da oitava edição do Lollapalooza, o domingo (7) começou um pouco mais devagar no festival. Por volta das 13h, com o céu nublado, as pessoas ainda pareciam traumatizadas com o dia anterior, em que as atividades no autódromo foram suspensas por causa da forte chuva. Quem chegou lá por esse horário, não encarou muito trânsito ou filas – bem diferente da sexta e do sábado.

    RAP NO PALCO PRINCIPAL

    BK lolla 2019
    (Camila Cara/Veja SP)

    Um dos primeiros a reunir o público foi o rapper BK’. Acompanhado de Juye e Jonas Profeta, ele entoou os versos de faixas como Castelos e Ruínas, Gigantes e Vivos. O cantor chamou atenção para Djonga, disfarçado na plateia. Com 45 minutos de duração, conseguiu levantar e aproximar mais a galera que chegava.

    OS PROTESTOS

    Ao mesmo tempo, Letrux ocupava o palco Adidas, no fundo do autódromo. O show teve camiseta com a inscrição “Lula Livre” no palco e discurso político. A plateia ovacionava. Empolgada, a moça chegou a “surfar” na plateia. Ela apresentou faixas do disco Letrux em Noite de Climão, de 2017.

    INFLUENCIADOS?

    The Struts Lolla 2019
    (Camila Cara/Veja SP)

    No palco principal, duas bandas da nova geração roqueira geravam curiosidade (ou desconfiança?) por parte das suas plateias. A primeira a entrar em cena foi The Struts, banda inglesa liderada por Luke Spiller. Calcado no glam rock, o grupo fez um show divertido, graças a Spiller. De blusa de paetê e calça de vinil, ele deu piruetas, fez coreografias, interagiu com o público… Parecia impressionado com a resposta positiva. Impossível não associá-lo a Freddie Mercury (com direito a piano no palco). A primeira música, Primadonna Like Me, foi o suficiente para hipnotizar a plateia. “Este show é o mais rápido que vamos fazer”, disse Spiller. “Mas vai ser o melhor”, completou com a promessa de voltar. In Love with a Camara, Fire e Put Your Money in Me foram algumas que fizeram as pessoas dançar.

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    Greta Van Fleet
    (Camila Cara/Veja SP)

    Greta Van Fleet ocupou o mesmo palco pouco mais de uma hora depois. O público era maior, bem maior. E diverso. Por lá, jovens empolgados, com a certeza de que veriam um grande show de uma bandas que despontou recentemente e que, de cara, levou um prêmio Grammy. Havia também aqueles de cabelos mais grisalhos, de olhares desconfiados, braços cruzados, tentando entender o que poderia acontecer ali. O motivo? O grupo é acusado de copiar Led Zeppelin, não só no som, como também no visual: cabelos compridos, coletes de veludo, penduricalhos no pescoço. E Josh Kiszka abusa de trejeitos e de “aaahhh” e “ooohhhs” mais alongados (que levavam a galera ao delírio).

    O quarteto, também formado pelos irmãos Jake e Sam Kiszka e Danny Wagner, tem entre 20 e 22 anos e carinhas de adolescentes. Conseguiu impressionar – o guitarrista Jake chegou a tocar guitarra por de trás da cabeça, sem ver as cordas. Highway Tune encerrou em grande estilo.

    REPRESENTATIVIDADE BRASILEIRA

    Gabriel, o Pensador e Iza ocuparam respectivamente os palcos Onix e Adidas, ambos lotados. O primeiro lembrou faixas como Retrato de um Playboy, de 1993, e ainda prestou homenagem a Charlie Brown Jr. Zóio de Lula foi uma das tocadas. Já a carioca, que pode ser chamada de furacão pop, fez todo mundo dançar. Com repertório formado de hits e covers de Rihanna e Lady Gaga, ela mostrou energia em um dos melhores shows da turma nacional.

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    O IRMÃO DO ALOK

    No Perry’s by Doritos, dedicado à música eletrônica, um dos nomes que chamava atenção era o Bhaskar. Irmão gêmeo de Alok, seu nome passou a pipocar apenas recentemente. Com explosões, hits dançantes e projeções, ele ainda recebeu a companhia do próprio Alok no palco. Entre as músicas, Fuego.

    AQUECIMENTO

    Twenty One Pilots Lolla 2019
    (Camila Cara/Veja SP)

    O Interpol fez um show consistente, porém burocrático, no palco Onix. Bem diferente de Twenty One Pilots, que subiu em seguida no mesmo espaço. Estes não só encheram ainda mais a área, como causaram comoção. Pessoas choravam ao som do duo de Ohio. Bandanas e faixas nas cabeças eram mais comum. Ride, Heathens e We Don’t Believe What’s On TV, que veio acompanhada do coro nos “yeah-yeah”‘, foram algumas que chamaram atenção.

    ENCERRAMENTO POTENTE

    Foi rápido, corrido, mas não menos intenso. O rapper Kendrick Lamar foi o responsável por fechar o festival. E fez com potência esperada. Talvez com o maior público desta edição de evento, o americano hipnotizou a plateia, que, no fim, engatou alguns coros de “eu não vou embora”, mantra do dia anterior.

    Com labaredas de fogo no palco que disparavam nas batidas mais fortes, o rapper agradeceu por finalmente vir ao país. A primeira faixa, DNA, já foi um estouro. Passou por ELEMENT. e uma versão de Goosebumps. Os fãs cantavam todas as letras a ponto do rapper jogar versos longos para a galera e esta responder em coro. LOVE., Bitch, Don’t Kill My Vibe, e HUMBLE. também chamaram atenção. No final, com cerca de cinco minutos passados do horário previsto, All the Stars acabou sendo encerrada com a bela queima de fogos do festival e a promessa do cantor de voltar.

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