São Paulo sempre foi um grande laboratório cultural. Cidade que pulsa dia e noite, territorial fértil para movimentos que transformaram a cultura nacional.
Em 1922, a Semana de Arte Moderna sacudiu o Theatro Municipal e abriu caminhos inéditos. Nos anos 1960, a Jovem Guarda conquistou a juventude e surgiu o Tropicalismo com rebeldia em plena ditadura militar.
Nos anos 1980, a chamada Vanguarda Paulistana reuniu artistas produzindo sons e experimentações que romperam fronteiras estéticas e as bandas da cidade estavam à frente da construção do rock nacional.
O hip-hop ganhou força nos anos 1990, denunciou as desigualdades, transformou a arte e projetou São Paulo como referência mundial em rap e grafitti. Os mega painéis de arte urbana viraram símbolos da cidade. Mais recentemente, o funk ampliou esse legado, com batidas que ecoam tanto nos bailes dos bairros quanto em grandes festivais.
Mas São Paulo não é só vanguarda e ruptura. Também preserva tradições. O samba pulsa desde 1914, com a banda da Barra Funda depois o Cai-cai, de onde nasceram as escolas Camisa Verde e Branco e Vai-Vai. Essa cultura resistiu com a luta dos cardeais do samba paulista, e ganhou novo fôlego com a retomada do carnaval de rua no início dos anos 2000.
Na mesma época a Rua Augusta, virou epicentro da nova música brasileira, misturando indie, rap, rock, funk, música eletrônica e experimentalismo.
A Movida Paulistana vai registrar todos esses movimentos, lugares e pessoas – valorizando as tradições e identificando as novas rupturas que fazem da nossa cidade, a capital da cultura.





