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Mariana Barros - Morar em SP

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5 perguntas para Cristiano Mascaro

O fotógrafo Cristiano Mascaro acaba de estrear seu novo site, “depois de anos de hesitações”, diz ele. “Fiquei em dúvida por insegurança, mania de perfeição e sobretudo porque não conseguia achar o caminho correto. Não queria uma espécie de curriculum ilustrado”, falou ele em papo com o blog. A pendenga foi resolvida pelo designer Kiko Farkas. “Apresentei […]

Por admin
Atualizado em 27 fev 2017, 13h17 - Publicado em 4 nov 2012, 21h43
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Cristiano Mascaro (à esq.) e Roberto Pompeu de Toledo, respectivamente os autores das imagens e textos da edição especial de Veja São Paulo 25 anos, publicada em outubro de 2010 (Foto: Mario Rodrigues)

O fotógrafo Cristiano Mascaro acaba de estrear seu novo site, “depois de anos de hesitações”, diz ele. “Fiquei em dúvida por insegurança, mania de perfeição e sobretudo porque não conseguia achar o caminho correto. Não queria uma espécie de curriculum ilustrado”, falou ele em papo com o blog. A pendenga foi resolvida pelo designer Kiko Farkas. “Apresentei a ele o roteiro e disse que desejava algo totalmente visual. Ele soube resolver a coisa muito bem resolvida”, afirma.

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Nascido em Catanduva, Mascaro construiu boa parte de sua carreira enquadrando e reinquadrando cidades. Hoje, é um dos principais nomes do país em fotografia de arquitetura. Formado pela Faculdade de Arquitetura da USP (FAU-USP), fez de São Paulo tema recorrente de suas lentes. Hoje, vive em Carapicuíba, mas tem a capital paulista como sua “praia diária”, como costuma dizer. Em areias paulistanas, já surfou em muita freguesia: “Morei na Praça da República (década de 50), nas Perdizes (décadas 50/60), na rua Oscar Freire (década de 70) e na rua Tucumã, ao lado do Clube Pinheiros (década de 70). E posso dizer que já morei no centrão (além da Praça da República) de tanto que já caminhei por lá”. Abaixo, ele responde cinco perguntas sobre a cidade.

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São Paulo (Foto: Cristiano Mascaro)

Para você, o que é morar em São Paulo?
É ter uma surpresa a cada esquina.

O que não pode faltar em uma casa paulistana?
Além da geladeira, telefone, microondas, etc, acho que não podem faltar livros. Reparo nisso quando estou em uma sala de espera, por exemplo, e vejo todo mundo olhando para as paredes. Se lêssemos mais, saberíamos reivindicar com mais veemência melhorias para a cidade e interpretá-la sob uma outra ótica.

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De que maneira o lugar onde moramos impacta na nossa vida?
Com suas surpresas. A cidade tem, ao mesmo tempo, coisas que podemos admirar e outras tantas que nos assustam. Podemos rir em uma esquina e chorar em outra.

Qual sua opinião sobre a arquitetura da cidade?
No geral, um horror. Resultado da especulação imobiliária de seu espaço, da ignorância dos empreendedores e daqueles que adoram um estilo neoclássico. Sem falar da falta de planejamento por parte dos orgãos públicos na ocupação do solo urbano. Há belíssmos exemplos de ótima arquitetura, mas são pontuais.

Qual seu projeto arquitetônico preferido na cidade?
São vários. Estação Largo 13 (João Walter Toscano), Conjunto Nacional (David Libeskind), edifício da FAU-USP (Vilanova Artigas), agência do Banco Itaú na esquina da Frei Caneca com Paulista (Rino Levi), Forum Trabalhista Rui Barbosa (Décio Tozzi), MUBE (Paulo Mendes da Rocha). Há muitos outros, infelizmente, perdidos na imensidão da cidade.

 

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