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Uma viagem no tempo às décadas passadas por meio de suas histórias, costumes e curiosidades.
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Livro recém-lançado reconstitui episódios da Revolução de 1932

Episódio levou 35 000 voluntários ao campo de batalha contra o presidente Getúlio Vargas

Por Ana Luiza Cardoso
Atualizado em 5 fev 2020, 14h06 - Publicado em 25 Maio 2018, 06h00
Enterro de Camargo e Martins, no Cemitério da Consolação: mártires (Fundação Energia e Saneamento São Paulo/Veja SP)
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Em 9 de julho de 1932, São Paulo mergulhou num dos períodos mais conturbados de sua história. Em um levante contra o então presidente Getúlio Vargas, 35 000 voluntários foram à luta para exigir uma nova Constituição. Após cerca de três meses de confronto, e 634 mortes registradas, houve a rendição paulista.

Passados quase noventa anos, a Revolução Constitucionalista ainda dá pano para mangas. Neste mês foi lançado o livro 1932: São Paulo em Chamas (Editora Planeta, 352 páginas, 56,90 reais), do jornalista Luiz Octavio de Lima, que se debruçou sobre o tema por dois anos. Entre as principais revelações da obra está a identidade de quatro vítimas da manifestação ocorrida em 23 de maio de 1932, vistas como mártires da revolução.

Geralmente apontados como estudantes de direito, os integrantes do quarteto, conhecido como MMDC, tinham outras ocupações. Antônio Américo de Camargo, de 30 anos, era comerciante; Mário Martins, 31 anos, administrava um terreno da família em Sertãozinho e estava na cidade de passagem; Dráusio Marcondes de Souza, 14 anos, trabalhava em uma farmácia; e Euclydes Miragaia, 21 anos, havia atuado em movimentos estudantis e dava expediente como auxiliar de escritório.

Outro trecho interessante do livro descreve a história da cozinheira Maria José Bezerra, que chegou a comandar um “pelotão” disfarçada de homem. “Ela reuniu um grupo de homens, foi descoberta, mas acabou ficando no combate”, conta o jornalista.

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