Ivald Granato, fluminense radicado em São Paulo, morreu aos 66 anos, devido a uma parada cardíaca, em julho de 2016. Realizada ao longo de cinco décadas de carreira, sua extensa produção mantém-se viva e vibrante em exposições, feiras de arte e coleções de museus, como o MAC e a Pinacoteca.
A trajetória do irreverente pintor é relembrada nas 380 páginas do livro Gesture and Art, que acaba de ganhar uma reedição pela editora Francis. Organizada pelo próprio Granato — que a dividiu em pintura, desenho, escultura, gravura, instalação e performance —, a publicação foi impressa originalmente em 2009. Agora, encontra-se à venda na Livraria Cultura por 179,90 reais.
Imagens de obras, fotografias históricas e textos assinados pelo crítico da área Jacob Klintowitz narram a biografia de Granato, desde o seu ingresso na escola de Belas Artes do Rio, passando por happenings em que se vestia como o mecenas Ciccillo Matarazzo e o americano Andy Warhol, até suas últimas telas, com traços pop.
O livro também traz o clique que estampou uma capa de VEJA SÃO PAULO nos anos 80, sobre a trajetória do irriquieto personagem. Com ateliê na esquina da Avenida Henrique Schaumann e com a Avenida Rebouças, o criador foi um crítico severo da ditadura militar e não deixava de extravasar seu espírito debochado nas festas, onde costumava virar uma atração à parte.