Instalado há mais de um século na Avenida Rio Branco, na região central, o Palácio dos Campos Elíseos reabriu as portas no último dia 4 como Centro Nacional de Referência em Empreendedorismo, Tecnologia e Economia Criativa. Desde julho do ano passado, o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) é responsável pelo imóvel, concedido pelo governo estadual.
Com 4 000 metros quadrados, divididos em quatro andares, o local abriga nesta fase inicial uma aceleradora, um espaço de coworking, duas salas para capacitações, salas de reuniões e a área administrativa do órgão. O público poderá usufruir gratuitamente o espaço, que ainda prevê a abertura de novas salas e contará com duas edições do Programa Speed Mentoring, responsável por auxiliar no desenvolvimento de projetos.
Inspirado no Castelo de Écouen, na França, o palácio foi inaugurado em 1899, como residência do cafeicultor Elias Antonio Pacheco Chaves. A partir de 1912, a estrutura passou a ser usada como sede do governo estadual, recebendo figuras como Júlio Prestes, Altino Arantes e Jânio Quadros. Isso durou até 1965, quando Adhemar de Barros mudou a administração para o Palácio dos Bandeirantes, no Morumbi.
Na década de 70, o edifício foi tombado pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico do Estado de São Paulo (Condephaat). Até 2006, algumas secretarias utilizavam o espaço, sendo a última a Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação. Em 2004, o governador Geraldo Alckmin anunciou um processo de restauro, mas por falta de verbas os reparos só foram iniciados em 2013 e finalizados em 2017.