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Memória

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Uma viagem no tempo às décadas passadas por meio de suas histórias, costumes e curiosidades.

Os artistas que eram uma piada

Relembre a melhor safra de músicos paulistas especializada em fazer letras e arranjos divertidos

Por Roosevelt Garcia Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
28 mar 2017, 19h09
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Os Mamonas Assassinas tornaram muito popular um gênero de música que mescla letras bem-humoradas com uma salada musical completa. Assim, num mesmo disco temos os mais variados ritmos, como rock, samba, música sertaneja, disco, música brega e o que mais aparecer. Esse tipo de música, que eu chamo de “rock irreverente” vem de longa data. Mutantes e Os Secos & Molhados flertaram com letras non-sense em suas épocas, mas mantendo sempre o pé no bom e velho rock. Já as bandas abaixo foram as que mais se destacaram nesse meio,  geralmente colocando uma letra “de rachar o bico” numa melodia com arranjos sofisticados. Com vocês, os legítimos representantes do “rock irreverente”:
•    Premê
Formado em 76 por alunos da ECA/USP, o Premeditando o Breque ficou conhecido em 1979, após o segundo lugar no 1º Festival Universitário da MPB com o maravilhoso samba-de-breque Brigando na Lua. Em 1981 lançaram seu primeiro disco, que leva o nome da banda, e que traz canções imperdíveis, a exemplo de A Marcha da Kombi e Feijoada Total. Sua música São Paulo São Paulo é considerada a segunda melhor música de todos os tempos para representar a cidade, só perdendo para Trem das Onze.

Feijoada Total:
https://youtu.be/UwHQfDtF-mU
•    Língua de Trapo
Quase na mesma linha do Premê, o Língua de Trapo cutucava um pouco mais as questões sociais e seu humor era um pouco mais contundente. Fazia parte do que era chamado de movimento Vanguarda Paulista e seu primeiro disco saiu em 1982. Concheta e Tragédia Afrodisíaca são as algumas das músicas mais conhecidas pelos fãs desse primeiro disco.

Concheta:
https://youtu.be/etGZGpHNc5k
•    Os Mulheres Negras
A “terceira menor big band do mundo” tem apenas dois integrantes, que são mais do que suficientes para uma enxurrada de sons de excelente qualidade, passando do punk rock à música sertaneja sem maiores traumas. André Abujamra e Maurício Pereira uniram forças no meio dos anos 80, mas acabaram se separarando depois de dois discos gravados, indo cada um cuidar dos seus projetos pessoais. Felizmente, reativaram há pouco tempo os Mulheres e prometem material novo em breve.

Milho:
https://youtu.be/qJluvrleBUM
•    Arrigo Barnabé
Foi considerado a maior inovação na música brasileira desde a Tropicália. Arrigo também fazia parte do movimento Vanguarda Paulista, mas suas experimentações estavam muito mais na descoberta de novos ritmos e novas formas de escrever música, do que propriamente na letra. Sua música Diversões Eletrônicas ganhou o 1º Festival Universitário da MPB, aquele em que o Premê ficou em segundo.

Diversões Eletrônicas:
https://youtu.be/WrfL1ZOjNxM
•    Vexame
A Banda Vexame era um projeto paralelo de grande artistas da música, entre eles André Abujamra, que havia acabado de deixar os Mulheres Negras, e Marisa Orth. Eles se concentravam em dar novas roupagens a clássicos da música brega, geralmente com um resultado para lá de hilariante.

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Siga Seu Rumo:
https://youtu.be/eSpK-_cSjDQ
•    Luni
Surgido em 1986, o Grupo Luni não só era irreverente em suas letras e ritmos ousados, como fazia de suas apresentações verdadeiros espetáculos multimídia, algo novo naquela época. Tipicamente paulista, o grupo ficou nacionalmente conhecido quando sua música Rap do Rei foi usada na abertura da novela Que Rei Sou Eu.

Rap do Rei
https://youtu.be/N7qDOJYN9ro
•    Karnak
Mais um projeto do multi instrumentista André Abujamra. Quando os Mulheres Negras se separaram, ele saiu pelo mundo com um gravador, disposto a coletar novos sons para montar uma banda que tivesse “os sons do mundo mesclados com música brasileira”. Ao voltar, reuniu uns amigos e montou o Karnak. Em sua formação original, a banda tinha dez músicos (sendo dois bateristas), dois atores e um cachorro.

Alma Não Tem Cor:
https://youtu.be/xkO_hG4oCP8
•    Joelho de Porco
Uma das mais importantes bandas de rock dos anos 70 no Brasil, o Joelho de Porco pendia pro lado do punk rock, mas flertava com diversos estilos. Teve até Zé Rodrix em sua formação, além do fotógrafo e colunista David Drew Zingg e do ator Ricardo Petraglia.  São Paulo By The Day, de  1974, já mostrava, com bom humor, a realidade violenta da cidade.

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São Paulo By The Day
https://youtu.be/EDxJG7KYzfc
•    Rumo
Mais um representante no movimento Vanguarda Paulista, o Rumo descrevia o dia a dia da cidade com um humor inteligente. Foi formado em 1974 e durou até 1991, tendo em sua formação músicos do gabarito de Paulo Tatit e Ná Ozzetti.

Delírio,  Meu
https://youtu.be/88Mi9PNzRvU
•    Mamonas Assassinas
Os Mamonas levaram o rock irreverente às paradas de sucesso e caíram até no gosto das crianças! Letras simples e de duplo sentido, com batidas que iam do fado à música brega sem perder o pique, marcavam suas composições. Seu único disco, de 1995, vendeu mais de 3 milhões de cópias em pouquíssimo tempo. A carreira dos meninos foi interrompida após somente sete meses de sucesso, devido a um acidente aéreo em São Paulo.

Robocop Gay:
https://youtu.be/dGcPn6stHS4

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