Preso nesta quinta-feira (5) pela Polícia Federal, o presidente do Comitê Olímpico do Brasil (COB), Carlos Arthur Nuzman foi um dos responsáveis pelo sucesso do vôlei brasileiro nos anos 80.
Ele ficou vinte anos à frente da Confederação Brasileira, entre 1975 e 1995, mesma época em que o Brasil conquistou a sua primeira medalha olímpica no esporte, a de prata, em Los Angeles, em 1984.
Jogadores como Bernardinho, Xandó, Renan, William e Fernandão integravam o time que ficou conhecido como geração de prata, responsável por fomentar o interesse pelo vôlei no Brasil.
Nuzman iniciou a sua carreira no esporte depois da morte de sua mãe, quando ele tinha 10 anos. Em trauma, segundo uma reportagem da revista Placar, ele partiu para o esporte, se dedicando a natação, tênis e futebol. Entrou no Botafogo, como goleiro no time juvenil, mas não profissionalmente.
Como jogador de vôlei, Nuzman chegou à seleção e parou de jogar, aos 31 anos, quando se candidatou a presidência da federação carioca de vôlei, que estava em crise. Dois anos depois chegou a Confederação.
Nuzman foi preso nesta quinta (5) com o ex-diretor de marketing e comunicação do COB, Leonardo Gryner, no Rio de Janeiro. Eles são investigados pela Operação Unfair Play, desdobramento da Lava Jato que aponta compra de votos para que o Rio fosse escolhido como sede dos Jogos de 2016.