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Memória

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Uma viagem no tempo às décadas passadas por meio de suas histórias, costumes e curiosidades.

Antiga fábrica na Vila Romana vira centro cultural

O imóvel abriga agora salas de exposição, auditórios e um acervo sobre a história da região

Por Mariana Rosario Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 2 nov 2018, 06h00 - Publicado em 2 nov 2018, 06h00
O complexo em 1964 (Divulgação/Veja SP)
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Com a fachada tombada pela prefeitura em 2009 e em obras há mais de um ano, o prédio da Companhia Melhoramentos, na Vila Romana, está com um expediente diferenciado desde o dia 17. O imóvel, que fica na Rua Tito, 479, abriga agora salas de exposição, auditórios e um acervo sobre a história da região.

A empresa, fundada em 1890, instalou um parque industrial na Zona Oeste da capital na década de 20. O endereço serviu ainda de Casa da Moeda durante a Revolução de 1932, quando existia um grande pátio de gráficas e depósitos em todo o quarteirão. O dinheiro paulista foi criado para remediar a falta de distribuição de recursos por parte do governo federal. Há, inclusive, notas do tipo expostas no local, além de ferramentas de impressão da época.

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Espaço atual: marco da São Paulo industrial (Gustavo Scatena/Imagem Paulista/Veja SP)

Erguida em 1948, a sede administrativa firmou-se como um dos pilares da urbanização do bairro. A importância do complexo era tamanha que os moradores do entorno chegaram a promover manifestações para que seu tombamento fosse total, mas sem sucesso. Fora da proteção de órgãos públicos de preservação do patrimônio, o espaço onde ficavam os galpões foi comprado por uma incorporadora de empreendimentos de luxo.

A reforma recente no edifício principal, de 1 350 metros quadrados, custou 16 milhões de reais e manteve a fachada e parte do telhado. Para receber os visitantes interessados na inauguração, o lugar montou uma exposição intitulada Os Planetas de Ziraldo, em homenagem ao autor de livros como Flicts, prestes a completar cinquenta anos. A mostra interativa inclui, entre outros itens, rascunhos originais do artista. A curadoria é assinada pela filha do cartunista, Daniela Thomas, e pela designer Adriana Lins. A entrada é gratuita em todos os setores do complexo abertos à visitação.

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