Cravado na Praça da República, o prédio neoclássico onde atualmente fica a Secretaria da Educação do Estado de São Paulo sediou um dos mais importantes centros de ensino público do país.
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A fim de perpetuar a memória do Instituto de Educação Caetano de Campos, inaugurado neste endereço em 1894, com projeto do arquiteto Ramos de Azevedo, a artista plástica paulistana Patrícia Golombek lançou na última sexta (4) o livro Caetano de Campos: a Escola que Mudou o Brasil (Edusp, 260 reais).
As 824 páginas apresentam relatos curiosos sobre a sociedade da época, a biografia de ex-professores e cerca de 1 000 fotos e documentos garimpados pela autora ao longo de quatro anos. “É uma narrativa cronológica não só do colégio, mas da história da educação”, define Patrícia, que teve aulas ali de 1969 a 1978.
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“O colégio era modelo de excelência e bastante disputado na cidade.” Diversas personalidades estudaram naqueles bancos, entre elas a escritora Lygia Fagundes Telles e o historiador Sérgio Buarque de Holanda.
Antes de ser batizado com o nome do médico responsável por reformar o obsoleto sistema educacional paulista, Antônio Caetano de Campos (1844-1891), o edifício abrigava a Escola Normal, formadora de docentes. Em 1978, a instituição foi transferida para dois espaços em funcionamento até hoje nos bairros da Aclimação e Consolação.
Com reportagem de Sophia Braun