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Memória

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Uma viagem no tempo às décadas passadas por meio de suas histórias, costumes e curiosidades.

Dez motos lendárias do passado

O sinônimo de liberdade de uma era

Por Roosevelt Garcia Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 28 Maio 2017, 15h13 - Publicado em 28 Maio 2017, 15h09
 (Acervo/Divulgação)
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Não existe sensação de liberdade igual àquela de pilotar uma moto, ainda mais nos anos 70 e 80, quando a obrigatoriedade do uso do capacete não era tão imposta quanto hoje. O vento no rosto, a sensação de estar voando, o domínio sobre a máquina… Quem já teve essa oportunidade, sabe exatamente como é. E, naqueles anos de liberdade total, algumas motos se tornaram lendárias, itens especiais em suas épocas, e objetos do desejo de muita gente. Relembre algumas delas.

•    CB400
Em 1980, a Honda lançava uma moto de desempenho superior que logo se tornou um sonho de consumo para os consumidores mais afortunados. A CB400 era silenciosa, com um motor inovador e uma potência muito além das motos mais vendidas da época. Apesar da menor potência, ela foi a aposta da Honda para substituir a CB750, cuja importação já havia parado quatro anos antes. A CB400 esteve no mercado por 14 anos, contando com sua evolução, a CB450.

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CB400 (Acervo/Divulgação)

•    Yamaha DT180
Essa moto inaugurou, em 1981, o segmento de uso misto, pois é uma moto para a cidade e também para fora-de-estrada, com uma construção própria para isso.  Suas versões, incluindo a 180N e a 180Z, duraram no mercado nacional até 1997, uma das vidas mais longas de modelos de motos no país.

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DT180 (Acervo/Divulgação)

•    Honda Turuna
A 125ML Turuna era uma descendente da CG125. Foi lançada em 1979 como uma moto mais esportiva, pra atrair o público jovem. Uma de suas novidades foi o paralama dianteiro pintado, e não cromado. Foi fabricada até 1986.

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125ML Turuna (Acervo/Divulgação)

•    Honda CG125
Essa é praticamente o fusca das motos. Lançada em 1976, foi a primeira moto fabricada no Brasil após o fechamento das importações naquele ano. A Yamaha já fabricava uma moto de 50cc havia 2 anos, praticamente uma mobilete, mas a CG foi a primeira moto de verdade. Talvez peno ineditismo, ou pela mecânica simples ou pela economia, o fato é que a CG125 é líder de mercado até hoje, sendo o veículo mais vendido do país. Na época de seu lançamento e nos anos seguintes, foi a responsável pela popularização das motocicletas entre nós.

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CG125 em anúncio da época do lançamento (Acervo/Divulgação)

 

•    Yamaha Ténéré
Com o nome inspirado em um dos desertos atravessados pelo antigo Rali Paris-Dakar, a Ténéré foi uma moto robusta, de uso misto, e com excelente motor, basicamente um trator sobre duas rodas. Lançada no mercado nacional em 1988, ela era fabricada em Manaus e seguia o mesmo modelo da Ténéré fabricada na Europa, desde 1985. Foi a pioneira em usar partida elétrica para este segmento.

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Yamaha Ténéré (Acervo/Divulgação)

 

•    Agrale
Um acordo de cooperação técnica com a italiana Cagiva fez da pequena fábrica gaúcha de tratores uma ousada fábrica de motos genuinamente brasileira.  Em 1984 chegaram ao mercado os primeiros modelos da Agrale, SXT 16.5 e Elefant 16.5, de uso misto, como as Yamaha DT180, mas com inovações técnicas ainda inéditas, mesmo comparadas às gigantes do ramo. Ao longo dos anos foram lançados diversos modelos, de potências maiores, até 1997, quando elas deixaram de ser fabricadas.

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Agrale Elefantré (Acervo/Divulgação)

 

•    CBX750F “sete-galo”
Comercializada no Brasil entre 1986 e 1994, foi uma evolução da japonesa CB750, uma lenda que foi sucesso mundial desde o final dos anos 60. As primeiras 750F vendidas no país eram importadas, e receberam esse apelido “Sete-Galo” por causa do jogo do bicho, já que o galo corresponde ao número 50 nesse jogo. Na época, não existia nada parecido no mercado nacional, o que causou um verdadeiro furor nos apaixonados por motos. A partir do ano seguinte, a moto começou a ser nacionalizada, com parte dos componentes importados, e o restante fabricado aqui, o que prejudicou sua performance. As CBX750F foram fabricadas até 1994, e venderam pouco mais de 11 mil motos nesse período.

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CB750F (Sete-Galo) (Acervo)

•    Amazonas
A “maior moto do mundo” surgiu em 1978, num segmento em que eram únicas, e por isso ficaram famosas por todo o planeta. Utilizando um motor Volkswagen refrigerado a ar, e com diversas adaptações, essa gigante tinha até marcha a ré. Elas eram muito maiores e mais pesadas do que qualquer moto nacional, e foram por muito tempo as motos com maior cilindrada já fabricadas. As motos foram feitas até 1989. Recentemente retomando as atividades associada a uma empresa chinesa.

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Anúncio de lançamento das motos Amazonas (Acervo/Divulgação)

 

•    Vespa e Lambretta
Os tradicionais veículos dos jovens dos anos 50 eram concorrentes e chegaram ao Brasil praticamente ao mesmo tempo. Apesar da Vespa ser tecnicamente melhor, o público adotou o estilo e o nome da Lambretta, que passou a ser sinônimo desse tipo de veículo. Assim, a Vespa também era uma “lambreta” na cabeça do povo brasileiro. Nos anos 80, a Vespa voltou ao país e lançou uma nova linha, com traços mais modernos, mas ainda semelhante ao velho modelo, e se tornou um dos mais vendidos veículos de 2 rodas, só perdendo para a conhecida Honda CG125.

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Vespa (Acervo/Divulgação)

•    Mobilete
Tudo bem, não é uma moto de verdade, mas foi o primeiro veículo motorizado de muita gente que cresceu nos anos 70 e 80. As mobiletes eram basicamente bicicletas com um motor abaixo de 50 cilindradas, que pela legislação brasileira, não exige habilitação do condutor. Foram fabricadas primeiro pela Garelli, e em seguida pelas tradicionais fábricas de bicicletas Caloi e Monark.

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Ciclomotor Garelli (Acervo/Divulgação)

 

 

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