Na história da televisão brasileira, a eterna busca pelos melhores índices de audiência rendeu algumas curiosidades nos populares programas de auditório. Chacrinha, com seu icônico programa que ficou décadas no ar, é o campeão de concursos bizarros, mas existem outros exemplares igualmente curiosos. Conheça alguns:
- A empregada doméstica mais bonita
Raul Gil lançou em seu programa este concurso, que também já havia sido realizado por Chacrinha anos antes. A empregada doméstica mais bonita do Brasil ganharia uma casa, e sua patroa, um automóvel. O concurso fez tanto sucesso que acabou virando um quadro recorrente em seu programa.
- O cão com mais pulgas
Chacrinha foi o rei dos concursos inusitados na TV. Um dos mais bizarros foi a eleição do cachorro com mais pulgas, que poderia até ser engraçado, se não tivesse acontecido o previsível: o estúdio ficou infestado de pulgas, mesmo depois que os cães tinham ido embora. Isso aconteceu em 1967, na estreia no Chacrinha na Globo, e o concurso foi realizado à contragosto do chefão Boni, que brigava constantemente com o apresentador. Só pra constar, o cachorro vencedor tinha 7 000 pulgas, mas ninguém sabe explicar como conseguiram contar as danadinhas.
- Elvis japonês
Nos anos 70 e 80 havia dois programas na televisão direcionados à imensa colônia japonesa de São Paulo. O Imagens do Japão e o Japan Pop Show eram concorrentes, mas muito parecidos em seu formato, e também tinham grande audiência entre os não descendentes de orientais. Ambos lançavam mão de concursos curiosos, e a eleição do melhor imitador de Elvis Presley foi um dos mais marcantes. Era engraçado ver um monte de Elvis com traços orientais performando na TV.
- A maior mosca
Na época do hit “Eu Sou a Mosca Que Pousou em Sua Sopa”, de Raul Seixas, o programa do Chacrinha dava um prêmio a quem levasse a maior mosca para o programa. O concurso aconteceu na época em que Chacrinha estava na TV Tupi.
- A datilógrafa mais rápida
Mais uma do Chacrinha: nos anos 80, já de volta à Globo, o programa escolheu a datilógrafa mais rápida do país. Hoje em dia não se fala mais “datilógrafas”, mas na época do concurso essa era uma habilidade importante para diversas profissões. Uma boa datilógrafa conseguia digitar até cinquenta palavras por minuto nas velhas máquinas de escrever. Esta é uma atividade em extinção. Mesmo ainda sendo necessária em teclados de computador, a velocidade deixou de ser importante.