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Uma viagem no tempo às décadas passadas por meio de suas histórias, costumes e curiosidades.

Fotógrafo lança livro sobre a arquitetura dos Campos Elíseos

Juan Esteves reúne imagens que retratam desde os antigos edifícios e palacetes até construções mais recentes do tradicional bairro da região central

Por Carolina Moraes
Atualizado em 30 mar 2018, 06h00 - Publicado em 30 mar 2018, 06h00
A região nos anos 10: a área foi epicentro da expansão da capital (Guilherme Gaensly/Veja SP)
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Em Campos Elíseos — História e Imagens (Cult Arte e Comunicação; 224 páginas; 50 reais), que acaba de ser publicado, o fotógrafo Juan Esteves reúne uma série de imagens que retratam desde os antigos edifícios e palacetes até as construções mais recentes do tradicional bairro da região central. Paralelamente ao lançamento do material, o Espaço Cultural Porto Seguro abriga uma exposição com quarenta das cerca de 100 fotos presentes na obra.

Esteves, que começou o trabalho como fotógrafo em 1980, desenvolve projetos relacionados à história da arquitetura paulistana. Loteado pelo suíço Frederico Glete e pelo alemão Victor Nothmann, que hoje nomeiam importantes vias da região, o bairro dos Campos Elíseos se tornou um dos epicentros do processo de expansão da capital no fim do século XIX.

Os luxuosos casarões do entorno foram residência de grandes produtores enriquecidos pelo café. A arquitetura eclética do período chamou a atenção de fotógrafos famosos da época, como Guilherme Gaensly. Mas o requinte das grandes decorações europeias não resistiu à derrocada da economia cafeeira.

A partir dos anos 30, as casas se adaptaram e sobrados e cortiços dividiram espaço com as antigas mansões. Hoje, os edifícios permanecem como testemunho de um período importante no desenvolvimento da cidade. Um conjunto de imóveis no bairro é tombado pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico do Estado de São Paulo (Condephaat) desde 1986.

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