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Memória

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Uma viagem no tempo às décadas passadas por meio de suas histórias, costumes e curiosidades.

Evento rememora os cinquenta anos da Batalha da Maria Antônia

Acontecimento opôs alunos da USP e do Mackenzie em 1968 e foi um dos pretextos para o governo endurecer o regime militar

Por Maurício Xavier Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 28 set 2018, 06h00 - Publicado em 28 set 2018, 06h00
Cenas da briga: o antigo câmpus da USP foi reaberto apenas em 1993, como espaço cultural (Cristiano Mascaro/Veja SP)
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O Centro Universitário Maria Antônia, da Universidade de São Paulo (USP), recebe entre terça (2) e sexta (5) o evento Ecos de 1968 — 50 Anos Depois, que resgata a memória do episódio conhecido como a Batalha da Maria Antônia. Quatro exposições reúnem fotos, documentos históricos e intervenções artísticas. Dois livros editados na época terão relançamento, em novas edições, acompanhado de debates com pesquisadores como André Singer, Marilena Chauí, Maria Cecilia Loschiavo dos Santos e José Arthur Giannotti. A programação inclui ainda a exibição de cinco filmes que retratam personagens e acontecimentos do período e três leituras cênicas. Todas as atividades são gratuitas.

O confronto, que ocorreu em 2 de outubro de 1968, foi protagonizado por estudantes da USP e do Mackenzie e por policiais militares, e deixou como saldo um morto e dezenas de feridos. Dois meses depois, o governo utilizou o fato como um dos pretextos para o endurecimento do regime militar, com a promulgação do famigerado AI-5, que fechou o Congresso Nacional, instaurou a censura prévia e suspendeu garantias constitucionais dos brasileiros, entre outras medidas.

Policiais, com cães, na Faculdade de Filosofia da USP, na rua Maria Antonia.
Policiais, com cães, na Faculdade de Filosofia da USP, na rua Maria Antonia. (Cristiano Mascaro/Veja SP)

A batalha resultou também na ocupação do prédio do Centro Universitário Maria Antônia — que foi construído na década de 30 e abrigou a Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras da USP — por forças policiais. Isso levou à mudança definitiva da faculdade para o câmpus da Cidade Universitária. O prédio na Rua Maria Antônia, 294, foi reaberto ao público em 1993, como espaço cultural.

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