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Memória

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Uma viagem no tempo às décadas passadas por meio de suas histórias, costumes e curiosidades.

A inesquecível cartilha Caminho Suave

Famoso livro de alfabetização teve quase 40 milhões de exemplares em mais de 100 edições

Por Roosevelt Garcia Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
30 ago 2017, 11h12
 (Divulgação/)
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Quando a professora Branca Alves de Lima desenvolveu um método de alfabetização baseado em imagens e publicou sua cartilha Caminho Suave em 1948, certamente não fazia ideia do fenômeno que a obra seria. Depois de observar seus alunos, a maioria vinda da zona rural do interior paulista, ela chegou à conclusão que associar imagens às palavras seria uma boa forma de as crianças aprenderem a identificar cada letra, sílaba e vocábulo.

Ela estava absolutamente certa! Caminho Suave foi o livro oficial de alfabetização do Ministério da Cultura por quase cinquenta anos, e mais de 40 milhões de exemplares foram impressos nesse período, tendo um total, até agora, de 132 edições. Não importa se você tem 25 ou 75 anos, a chance de você ter sido um aluno “indireto” da professora Branca é muito grande.

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(Veja São Paulo/Divulgação)

Quando pensamos em nossos primeiros dias de escola, fica difícil lembrar até do nome da professora, que dirá dos nossos primeiros livros. Mas com a Caminho Suave é diferente. Quase todo mundo que usou essa cartilha é capaz de lembrar disso, e até consegue visualizar as letras e sílabas ilustradas com imagens simples, mas muito significativas.

Houve até um material adicional composto de cartazes, carimbos, livros de exercício e até cards, usados como ferramentas de apoio no aprendizado das crianças.

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(Veja São Paulo/Divulgação)

 

Desde 1995, no entanto, os métodos de ensino mudaram, e a cartilha Caminho Suave não é mais o instrumento oficial de alfabetização do país. Mesmo assim, ainda é publicada e continua vendendo em média 10 000 exemplares por ano.

A Professora Branca felizmente viveu para ver seu método ser adorado e lembrado por milhões de alunos pelo país afora. Ela se foi em 2001, aos 90 anos de idade, com a certeza de ter cumprido seu papel de professora.

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