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Memória

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Uma viagem no tempo às décadas passadas por meio de suas histórias, costumes e curiosidades.
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20 bordões inesquecíveis dos programas humorísticos clássicos

Frases que ficaram na memória do público por décadas

Por Roosevelt Garcia Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 17 out 2017, 17h38 - Publicado em 17 out 2017, 17h01
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  • Característica básica desde os primeiros programas humorísticos, os bordões acabam pegando de tal forma que, décadas depois de usados, ainda ficam na memória das pessoas. Os programas humorísticos brasileiros, desde os tempos do rádio, abusam dos bordões em seus quadros, geralmente como sátira política.

    Relembre abaixo alguns dos bordões que mais marcaram os antigos programas de humor brasileiros.

     

    O macaco Sócrates, no humorístico Planeta dos Homens, tentava entender a condição humana em esquetes curtas, que terminavam com esse bordão. Por exemplo, ele lia no jornal que determinado carro podia chegar a 180 quilômetros por hora, e perguntava: “mas as leis não proíbem os motoristas de andarem acima de 80 quilômetros por hora?”. E antes que respondessem, ele soltava o bordão.

    socrates
    (Reprodução/Veja SP)

     

     

    Francisco Milani no Viva o Gordo brincava com o conceito de normalidade das pessoas com esse bordão. Geralmente ele dizia ou pedia alguma coisa absurda, e quando ficavam olhando pra ele, ele dizia: “Tá me olhando por quê? Eu sou normal!”.

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    https://youtu.be/9E8c5SyhVmE

     

    Os amigos de Rochinha, personagem de Jô Soares em Viva o Gordo, não se conformavam como ele tinha conquistado uma mulher maravilhosa. Quando perguntavam a ele qual o segredo, ele dizia: “É o meu jeitinho”.

     

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    Sônia Mamede vivia o personagem Ofélia, a mulher do Fernandinho (Lúcio Mauro) desde os tempos do rádio. O casal passou por diversos programas humorísticos, principalmente o Balança Mas Não Cai, nos anos 70. Sônia Mamede faleceu em 1990, mas Lúcio Mauro reviveu o quadro com Cláudia Rodrigues no papel de Ofélia no Zorra Total.

     

    Jô Soares vivia o argentino Gardelón, que estava disposto a quebrar galhos para os amigos, que sempre lhe propunham as coisas mais absurdas por um pagamento ínfimo, porque dizam que o queriam ajudar por serem seus amigos. “Muy amigo” era a resposta do pobre argentino.

    gardelon
    (Reprodução/Veja SP)
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    Tavares é um personagem de Jô Soares em Viva o Gordo, que tem orgulho do seu filho Dorival, enaltecendo as qualidades másculas do rapaz. Quando conversa com os amigos, não cansa de elogiar o rebento, sem perceber que tudo o que diz, descreve que seu filho não tem a orientação sexual que ele imagina. Os amigos ficam sem jeito, mas não dizem nada a ele sobre isso, preferindo contar os feitos de seus próprios filhos, ao que Tavares, sempre desconfiado, diz: “cala-te boca, tem pai que é cego”.

    tavares
    (Reprodução/Veja SP)

     

     

    O programa Planeta dos Homens brincava com a inflação galopante daqueles tempos, usando a recém-lançada nota de 1000 cruzeiros com a figura do Barão de Rio Branco para satirizar os altos preços das coisas. Sempre que alguém perguntava o preço de um item, por mais barato que parecesse ser, completava com “lá vai barão!”.

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    barao
    (Reprodução/Veja SP)

     

     

    Chico Anysio e seu imortal Professor Raimundo sempre repetia esse bordão ao se deparar com as respostas erradas e trapalhadas de seus alunos.

     

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    Tião Macalé tinha grande participação nos Trapalhões nos anos 80 e início dos 90. Toda situação que o deixava indignado, ele repetia: “Ih, nojento!”

     

    Alvarenga, personagem de Jô Soares, sempre arranjava meios de ser agredido, porque ele se odiava. E quando perguntado o motivo, ele mencionava alguma notícia dada pelo governo (como a baixa da inflação, por exemplo), e que ele acreditou!

     

    O professor de mitologia Aquiles Arquelau, personagem de Agildo Ribeiro, tentava ensinar aos espectadores a história da Grécia Antiga, sempre enaltecendo as qualidades da sua musa, Bruna Lombardi, e invariavelmente sendo interrompido por seu criado com uma campainha irritante. “Coisa horrorosa” e “múmia paralítica” eram bordões constantes nesse quadro.

     

    No Planeta dos Homens, Jô Soares tinha um personagem com síndrome de perseguição em plena ditadura militar. Qualquer coisa que fossem perguntar, ele dizia que nunca sabia de nada, nunca viu nada, “não me comprometa”.

    https://youtu.be/oe4zD0zmszQ

     

    Décio, personagem de Jô Soares em Viva o Gordo, vivia encontrando alguma de suas ex-namoradas em festas da alta sociedade, e sempre a descrevia ao atual marido dela como a mulher é especial. Quando ela tentava amenizar a situação, ele gritava o bordão, tentando mostrar ao marido que ela é muito mais do que ele sabe.

    https://youtu.be/jy9rbgry9gY

     

    O macaco Sócrates, interpretado por Orival Pessini em Planeta dos Homens, quando era preso por alguma falcatrua, olhava à sua volta e procurava os políticos que tinham feito a mesma coisa que ele, sem encontrar ninguém. Nesse ponto ele dizia “Só eu? E os outros?”.

     

    Renato Aragão costumava dizer essa frase nos Trapalhões quando alguém impunha autoridade a ele de alguma forma.

    pilombeta
    (Reprodução/Veja SP)

     

     

    Kate Lyra, atriz e modelo americana que fez carreira no Brasil, participava da Praça da Alegria, onde sempre contava a Manoel de Nóbrega casos em que os prestativos brasileiros a ajudavam nas tarefas corriqueiras da vida. Claro, todos eles com segundas intenções, mas ela não percebia isso, e soltava seu bordão “brasileiro é tão bonzinho.”

    kate
    (Reprodução/Veja SP)

     

     

    Seu Andorinha, personagem de Agildo Ribeiro na Escolinha do Professor Raimundo, sempre tentava explicar alguma situação inusitada que tinha acontecido com ele, e iniciava com este bordão.

     

    Tavares era um personagem de Chico Anysio que era o terror das mulheres. Trambiqueiro e irresponsável, ele repetia constantemente o bordão “sou, mas quem não é?”.

    https://youtu.be/ThQxKtrzhE4?t=4m12s

     

    Ronald Golias imortalizou o personagem Pacífico na Praça da Alegria, onde sempre entrava gritando, “ô Cride, fala pra mãe….” Com o tempo, ele usou o bordão sempre que encarnava o personagem também em outros programas. O nome Cride é apelido de um amigo de infância de Ronald Golias, Euclides Gomes dos Santos, que foi homenageado e imortalizado pelo comediante.

     

    Padilha (Martim Francisco) era casado com uma mulher espetacular, segundo seus amigos, que não se conformavam que ele saía sem ela, e o encorajavam a voltar pra casa o mais rápido possível. Quadro do Planeta dos Homens.

     

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