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Filmes e Séries - Por Mattheus Goto

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Esnobado pelo Oscar, ‘Todos Nós Desconhecidos’ merece mais hype

Filme com Andrew Scott e Paul Mescal toca em assuntos profundos com um roteiro cuidadoso e perspicaz

Por Mattheus Goto
29 mar 2024, 06h00
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  • ✪✪✪✪ Esnobado pelo Oscar deste ano, Todos Nós Desconhecidos toca em questões profundas com delicadeza.

    No filme em cartaz nos cinemas, Adam (Andrew Scott) é um roteirista que sofre com fantasmas do passado, desde um roteiro abandonado até a morte de seus pais em um acidente de carro. Ele conhece Harry (Paul Mescal, indicado ao Oscar de melhor ator pela atuação em Aftersun), seu vizinho misterioso, e um relacionamento começa a florescer.

    À medida que os dois se aproximam, Adam vê a necessidade de revisitar o trauma da infância como adulto, graças a uma habilidade metafísica.

    Além dos ótimos desempenhos, merece atenção o roteiro cuidadoso e perspicaz de Andrew Haigh, que também assina a direção do longa, adaptado do livro Strangers (1987), do escritor japonês Taichi Yamada. Há toques pessoais do cineasta, como o uso da casa real de sua infância para as cenas.

    Publicado em VEJA São Paulo de 29 de março de 2024, edição nº 2886

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