Oscar será transmitido exclusivamente pelo YouTube a partir de 2029
Em passo histórico, a Academia rompe vínculos com a TV e migra para a internet, na intenção de gerar mais engajamento e acesso a conteúdos
O Oscar está mudando de casa — e estratégia. A maior premiação do cinema anunciou nesta quarta-feira (19) que será transmitida com exclusividade pelo YouTube, a partir de 2029.
O contrato entre a plataforma de conteúdo, que pertence ao Google, e a Academia de Artes e Ciências Cinematográficas dos Estados Unidos tem validade até 2033 e contempla os direitos globais de transmissão.
Até lá, quem possui os direitos e segue transmitindo a cerimônia é a emissora ABC, parceira histórica. No Brasil, a transmissão acontece pela HBO Max e pela TNT.
Este é um grande passo para o prêmio, ao deixar de se vincular à televisão e migrar totalmente para a internet.
Segundo os executivos da Academia, a mudança reflete a intenção de internacionalizar cada vez mais o evento. “A Academia é uma organização global, e essa parceria vai nos permitir expandir o acesso ao nosso trabalho para a maior audiência possível”, diz comunicado conjunto, assinado pelo CEO e pelo presidente da Academia, Bill Kramer e Lynette Howell Taylor.
Com a parceria, a organização espera abrir espaço para novas formas de engajamento, conteúdos complementares e mais acesso ao acervo histórico da premiação. “Poderemos celebrar o cinema, inspirar novas gerações de cineastas e oferecer acesso à nossa história cinematográfica em uma escala global sem precedentes”, acrescenta o texto.
Brasil na shortlist do Oscar 2026
O primeiro sinal de que a história se repetirá e o Brasil estará novamente na maior premiação do cinema foi divulgado nesta semana. Cinco filmes brasileiros diferentes e André Hayato Saito estão entre os pré-selecionados ao Oscar 2026.
O Agente Secreto, de Kleber Mendonça Filho, aparece entre os possíveis candidatos na categoria de melhor filme internacional e melhor escalação de elenco (novidade no prêmio). Apocalipse nos Trópicos, de Petra Costa, e Yanuni, coprodução brasileira sobre a chefe indígena Juma Xipaia, dirigida pelo austríaco Richard Ladkani, disputam por uma vaga em documentário em longa-metragem.
Amarela, de André Hayato Saito, é considerado como possibilidade em curta de live-action. Há ainda a pré-indicação do brasileiro Adolpho Veloso, na categoria de fotografia, pelo trabalho no filme americano Sonhos de Trem, de Clint Bentley.
Os indicados finais serão anunciados no dia 22 de janeiro e a cerimônia de entrega das estatuetas está marcada para 15 de março.





