Céline Dion é uma força da natureza. A cantora canadense marcou gerações com sua voz estrondosa e hits atemporais. A notícia do seu diagnóstico de síndrome da pessoa rígida, uma condição neurológica rara, sem cura, caracterizada por rigidez muscular e espasmos dolorosos, gerou comoção ao redor do mundo em 2022.
Agora, ela vem a público falar sobre tudo o que aconteceu desde então em Eu Sou: Celine Dion, disponível no Prime Video.
O documentário dirigido por Irene Taylor Brodsky exibe trechos da trajetória da artista desde a infância, com vídeos de arquivo de festas em família, do nascimento dos filhos e da morte do marido, mas o foco é o conflito em decorrência da síndrome. Há cenas fortes e angustiantes de crises de espasmos, que, depois, a deixam constrangida.
Para além da aparência, o que a machuca ainda mais é a perda da habilidade de cantar. Céline mostra o impacto da condição em suas cordas vocais e vai às lágrimas ao admitir que não consegue alcançar as mesmas notas de antes.
Diante de tudo e de todos, ela demonstra coragem e força ao expor suas fragilidades. Fica evidente sua resiliência de não se deixar sucumbir às dificuldades para continuar perseverando e seguindo sua paixão, a música, com uma mensagem otimista no final.
NOTA: ★★★★☆
Publicado em VEJA São Paulo de 28 de junho de 2024, edição nº 2899