‘Ainda Estou Aqui’ ganha prêmio de filme do ano pela crítica internacional
É a primeira vez que a Federação Internacional de Imprensa Cinema concede a honraria a um filme brasileiro

Após fazer história e vencer o primeiro Oscar do Brasil, Ainda Estou Aqui recebe mais um importante prêmio, desta vez da crítica internacional. O filme de Walter Salles foi escolhido o melhor filme do ano na votação da Federação Internacional de Imprensa Cinema (Fipresci), formada por profissionais de 75 países.
O Grand Prix Fipresci 2025 foi definido por meio de uma enquete online entre 739 membros da associação e será entregue na sessão de abertura do 73º Festival Internacional de Cinema de San Sebastián, no dia 19 de setembro. Salles estará presente na cerimônia.
O reconhecimento vem um ano depois da estreia do longa, no Festival de Veneza de 2024, onde venceu na categoria de roteiro.
É a primeira vez que a Fipresci concede a honraria a um filme brasileiro. O prêmio, criado em 1999, já prestigiou realizadores como Jean-Luc Godard, Pedro Almodóvar, Alfonso Cuarón, Jafar Panahi, Ryusuke Hamaguchi, Paul Thomas Anderson, Terrence Malick, Michael Haneke, Yorgos Lanthimos e Chloé Zhao.
Ainda Estou Aqui levou, em janeiro, o título de Melhor Longa-Metragem Internacional pela Fipresci, no Festival de Cinema de Palm Spring. Ao todo, a obra totaliza 61 prêmios, incluindo o Globo de Ouro de Melhor Atriz em Filme de Drama (Fernanda Torres).
Walter Salles já foi reconhecido pela federação com o Prêmio pelo Conjunto da Obra, dedicado a latino-americanos.
Sinopse | Ainda Estou Aqui
Ambientado no Rio de Janeiro, nos anos 1970, o longa conta a história real de Eunice Paiva, mãe de Marcelo Rubens, interpretada por Fernanda Torres e Fernanda Montenegro em diferentes idades. Após o desaparecimento do marido Rubens (Selton Mello) durante a ditadura, ela virou um símbolo da luta contra o regime militar. A inspiração para o filme veio do livro homônimo de Marcelo Rubens Paiva sobre a história dos pais.