‘A Lenda de Ochi’ revive estilo de clássicos de fantasia infantojuvenil
Filme com Willem Dafoe e Finn Wolfhard traz às telas clima de 'A História Sem Fim' (1984), 'Os Goonies' (1985) e 'Ponte para Terabítia' (2007)

Aquele frio na barriga de uma aventura infantojuvenil foi bem explorado em A História Sem Fim (1984) e Os Goonies (1985) e mais recentemente por títulos como Ponte para Terabítia (2007).
Com direção de Isaiah Saxon, A Lenda de Ochi traz de volta essa sensação, um misto de animação e medo do desconhecido. Os fatores essenciais para o sucesso são os visuais e a premissa da história de fantasia.
Em uma vila remota na ilha de Carpathia, os moradores vivem em clima de rivalidade com uma espécie de primatas, chamada de Ochi, com cores brilhantes e sonoridades guturais agudas.
A pequena Yuri (Helena Zengel) é filha de Maxim (Willem Dafoe), que lidera uma caçada contra as criaturas. A garota de fazenda passa por dificuldades dentro de casa, renegada pelo pai, que prioriza homens, como o jovem adotado Petro (Finn Wolfhard).
Tudo muda quando ela descobre um bebê Ochi preso em uma armadilha. Após soltá-lo, promete levá-lo de volta à mãe. Os dois fogem de Maxim e descobrem uma nova visão de mundo juntos.
Mesmo quando soa como algo familiar ou tropeça em incoerências na narrativa, A Lenda de Ochi encanta pelo charme de um filme feito por pessoas de carne e osso, com uso mínimo de computadores para gráficos.
NOTA: ★★★☆☆
Publicado em VEJA São Paulo de 6 de junho de 2025, edição nº 2947