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Vinho e Algo Mais

Por Por Marcelo Copello Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Especialista na bebida, Marcelo Copello foi colunista de Veja Rio. Sua longa trajetória como escritor do tema inclui publicações como a extinta Gazeta Mercantil e livros, entre eles "Vinho e Algo Mais" e "Os Sabores do Douro e do Minho", pelo qual concorreu ao prêmio Jabuti
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Bons vinhos para tomar no inverno

Se a temperatura cai, os fãs da bebida têm um motivo a mais para sacar rolhas, encher taças e brindar

Por Marcelo Copello
Atualizado em 28 set 2020, 17h01 - Publicado em 24 jul 2020, 06h00
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  • Não existe uma regra para classificar um vinho como “de inverno”, mas convencionou-se chamar assim os mais encorpados e/ou alcoólicos, servidos menos resfriados e que acompanham bem os pratos mais calóricos nessa época. Geralmente se associa a estação mais fria do ano aos tintos e aos vinhos doces e fortificados, como Sauternes e o Porto. Pode-se, contudo, incluir nessa categoria alguns brancos, desde que mais consistentes e estruturados. Por contraposição, alcunhamos de “vinhos de verão” os líquidos mais leves, menos alcoólicos e servidos mais frescos.

    O inverno casa bem com opções mais consistentes e comidas mais saborosas. Não se pensa, por exemplo, em saladas frias e frutas frescas. Nesses dias nos apetecem os pratos vindos à mesa a uma temperatura mais alta, como sopas fumegantes, e receitas energéticas e gordurosas. Dá para dizer que o nível de temperatura e de sabor sobe no inverno, tanto na comida quanto nos vinhos. Na bebida, vem a sensação de consistência e de volume no paladar — coloque na boca e simule a mastigação antes de engolir, e você entenderá. Esse maior extrato deve-se principalmente à maturidade das uvas (as mais maduras terão uma maior concentração de açúcares e sabores na uva) e ao tempo de maceração da fruta ao fermentar, o que proporcionará à bebida uma maior concentração de cor, aroma e sabor.

    O amadurecimento em barricas de carvalho é outro fator que ajuda a aumentar o nível de sabor de um vinho. Fundamental para proporcionar a sensação de redondez e calor é a quantidade de álcool. Enquanto os pratos de inverno são servidos mais quentes, como é o caso dos caldos e ensopados, os vinhos de inverno provocam essa sensação de calor por meio de seu teor alcoólico. Uma alteração de 1 ou 2 graus de álcool faz grande diferença. Assim, a percepção de calor provocada por um tinto com 13% de álcool é consideravelmente menor que a de outro que atinge 15%. Os afilhados de Baco sabem que se trata de uma bebida para o ano todo. Afinal, a cada estação é possível encontrar os vinhos mais adequados.

    BRANCOS

    Bertolini Tenaz Chardonnay
    Opção brasileira com passagem por barricas, é encorpado, com notas de frutas amarelas e flores brancas. R$ 69,90, Evino.

    Calyptra Gran Reserva Chardonnay
    Com potencial de guarda, este chileno que passa por barricas tem aroma de abacaxi, madeira nova, manteiga… R$ 232,83, Wine.

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    TINTOS

    Carlos Reynolds Tinto
    De bom corpo, é um português de trincadeira, alfrocheiro e alicante bouschet. Fica doze meses em carvalho. R$ 94,00, Wine.

    Cesari Amarone della Valpolicella Classico DOCG
    Italiano feito com uvas desidratadas naturalmente como passas, tem 15% de álcool e passa 36 meses em carvalho. R$ 349,90, Evino.

    Tintorera Alicante Bouschet-Monastrell
    Espanhol encorpado, permanece doze meses em barricas de carvalho. R$ 159,89, Wine.

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    Viñedo de los Vientos Angels Cuvée Ripasso
    Um tannat uruguaio potente, com 15% de álcool, dezoito meses em carvalho, com taninos macios e muito corpo. R$ 252,83, Wine.

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