Não existe uma regra para classificar um vinho como “de inverno”, mas convencionou-se chamar assim os mais encorpados e/ou alcoólicos, servidos menos resfriados e que acompanham bem os pratos mais calóricos nessa época. Geralmente se associa a estação mais fria do ano aos tintos e aos vinhos doces e fortificados, como Sauternes e o Porto. Pode-se, contudo, incluir nessa categoria alguns brancos, desde que mais consistentes e estruturados. Por contraposição, alcunhamos de “vinhos de verão” os líquidos mais leves, menos alcoólicos e servidos mais frescos.
O inverno casa bem com opções mais consistentes e comidas mais saborosas. Não se pensa, por exemplo, em saladas frias e frutas frescas. Nesses dias nos apetecem os pratos vindos à mesa a uma temperatura mais alta, como sopas fumegantes, e receitas energéticas e gordurosas. Dá para dizer que o nível de temperatura e de sabor sobe no inverno, tanto na comida quanto nos vinhos. Na bebida, vem a sensação de consistência e de volume no paladar — coloque na boca e simule a mastigação antes de engolir, e você entenderá. Esse maior extrato deve-se principalmente à maturidade das uvas (as mais maduras terão uma maior concentração de açúcares e sabores na uva) e ao tempo de maceração da fruta ao fermentar, o que proporcionará à bebida uma maior concentração de cor, aroma e sabor.
O amadurecimento em barricas de carvalho é outro fator que ajuda a aumentar o nível de sabor de um vinho. Fundamental para proporcionar a sensação de redondez e calor é a quantidade de álcool. Enquanto os pratos de inverno são servidos mais quentes, como é o caso dos caldos e ensopados, os vinhos de inverno provocam essa sensação de calor por meio de seu teor alcoólico. Uma alteração de 1 ou 2 graus de álcool faz grande diferença. Assim, a percepção de calor provocada por um tinto com 13% de álcool é consideravelmente menor que a de outro que atinge 15%. Os afilhados de Baco sabem que se trata de uma bebida para o ano todo. Afinal, a cada estação é possível encontrar os vinhos mais adequados.
BRANCOS
Bertolini Tenaz Chardonnay
Opção brasileira com passagem por barricas, é encorpado, com notas de frutas amarelas e flores brancas. R$ 69,90, Evino.
Calyptra Gran Reserva Chardonnay
Com potencial de guarda, este chileno que passa por barricas tem aroma de abacaxi, madeira nova, manteiga… R$ 232,83, Wine.
TINTOS
Carlos Reynolds Tinto
De bom corpo, é um português de trincadeira, alfrocheiro e alicante bouschet. Fica doze meses em carvalho. R$ 94,00, Wine.
Cesari Amarone della Valpolicella Classico DOCG
Italiano feito com uvas desidratadas naturalmente como passas, tem 15% de álcool e passa 36 meses em carvalho. R$ 349,90, Evino.
Tintorera Alicante Bouschet-Monastrell
Espanhol encorpado, permanece doze meses em barricas de carvalho. R$ 159,89, Wine.
Viñedo de los Vientos Angels Cuvée Ripasso
Um tannat uruguaio potente, com 15% de álcool, dezoito meses em carvalho, com taninos macios e muito corpo. R$ 252,83, Wine.
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